Fundador do Festival de Cinema Sundance abriu a edição 2008 nesta quinta-feira (15)| Foto: Reuters/Lucas Jackson

O Festival de Cinema Sundance inaugurou sua 25.ª edição na quinta-feira, com uma declaração de esperança de seu fundador, Robert Redford, de transformação cultural nas artes e de novas formas de distribuição, como a Internet, como meio de escapar das perspectivas desanimadoras que se apresentam para o cinema.

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Maior evento do cinema norte-americano feito fora do sistema dos grandes estúdios de Hollywood, Sundance começou na noite de quinta-feira com a première da comédia animada "Mary and Max", mas Redford disse a jornalistas numa coletiva de imprensa anterior que estava mais focado no futuro que nos últimos 25 anos.

O ator aproveitou sua fama e fortuna para fundar o Instituto Sundance de Cinema, que, por sua vez, deu sua marca ao Festival Sundance, que começou em 1985.

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Apesar de o festival ter crescido muito, passando de um evento que atraía centenas de cinéfilos para um que recebe dezenas de milhares de fãs, grandes astros, imprensa e uma multidão de empresas interessadas em vender seus produtos, Redford disse que Sundance ainda é "um festival de descobertas" de novos talentos e novas vozes no cinema mundial.

O festival deste ano será obscurecido pela situação econômica sombria, mas o número de filmes exibidos permanece aproximadamente o mesmo, um pouco mais de 120. As cifras de turismo mostram que as reservas em hotéis tiveram queda de 6 por cento em relação ao ano passado, mas os organizadores dizem que as vendas de ingressos para o festival aumentaram. Os números oficiais só serão compilados depois do encerramento do evento, em 25 de janeiro.

Executivos de Hollywood, agências de talentos e outros disseram à Reuters que vão levar entre 5 por cento e 10 por cento menos profissionais a Sundance este ano, mas muitos são funcionários de nível inferior, que não assistem às sessões.

Os organizadores de Sundance dizem que, ao que parece, menos empresas vieram a Park City este ano para oferecer seus produtos.

Redford vê a posse do presidente eleito Barack Obama, em 20 de janeiro, como positiva, apesar de ela acontecer no meio do festival e, consequentemente, ter reduzido o contingente de mídia que fez a viagem até Park City.

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Ele disse também que espera que a administração Obama seja muito mais aberta às artes e que, se isso acontecer, será positivo para o futuro do cinema independente.