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O artista Roger Waters, líder da lendária e extinta banda britânica Pink Floyd, fez duras críticas contra o presidente dos EUA, George W. Bush, durante sua apresentação no México, primeiro país que visitou como parte de sua turnê "Dark side of the moon" na América Latina. O músico se apresenta no Rio no dia 23 na Praça da Apoteose, e no dia seguinte em São Paulo, no estádio do Morumbi.

Depois de tocar na última sexta-feira Monterrey (ao norte do México) e no domingo passado em Guadalajara (no oeste), Waters presenteou, na noite da terça-feira, o público da Cidade do México com um concerto em que lembrou suas músicas mais conhecidas.

As 45 mil pessoas que se reuniram no Foro Sol da capital suportaram o rigor do frio e se deixaram mergulhar por completo no espetáculo.

Waters entrou no palco vestido com camiseta e calça comprida pretas e o punho para o alto em meio aos gritos de seus seguidores, a maioria contemporâneos da banda nascida em 1964, e saudou o público com um emocionado "boa noite, sejam bem-vindos".

O intérprete deu assim início a duas horas e meia de show com "In the flesh" em meio a um grande palco ladeado por três telões gigantes nos quais eram projetados vídeos psicodélicos e animações por computador.

Em seguida, continuou com "Mother" r "Shine on you crazy diamond (parte I-V)", uma das mais cantadas pelo público que lotou o local, que fica na região oeste da capital mexicana.

Waters ofereceu um repertório que incluiu canções como "Have a cigar" e "Wish you were here".

O conteúdo político do show se fez presente quando um imenso porco rosado inflado com hélio flutuou sobre os espectadores.

"Porco Bush derrube o muro da fronteira", "As leis de 'habeas corpus' importam" e "Fora Bush" eram algumas das frases gravadas sobre a barriga e as costas do imenso porco que também tinha pintada uma imagem da Estátua da Libertade com a língua de fora.

O balão flutuou pelo ar e logo se perdeu no céu da capital mexicana quando cortaram as cordas que o prendiam.

Uma vez concluída a primeira parte do show, na qual Waters interpretou composições dos discos "Animals", "The wall", "Wish you were here" e "The final cut", houve um intervalo de 15 minutos ao fim do qual o cantor voltou ao palco e tocou - uma a uma - as nove canções do disco "Dark side of the moon".

Os 11 músicos que integram a banda de Waters, entre os quais está seu filho Harry, saíram do palco e voltaram sob o clamor do público para tocar "Another brick in the wall".

O músico britânico foi acompanhado na canção de doze crianças de "La casa de las mercedes", uma instituição de assistência privada que apoia mulheres e crianças de todas as idades que vivem na rua, e que conta com o respaldo da ONG "SOS resgatando a infância".

As crianças dançaram e entoaram junto com Waters o tradicional coro "we don't need no education" (Não precisamos de educação).

Por fim, a banda tocou "Bring the boys back home", uma composição em que Waters pede o regresso de todos os soldados que estão deslocados pelo mundo para casa, e encerrou a noite com "Comfortably numb".

Depois da passagem pelo México, Waters levará seu show a Bogotá, na Colômbia, no próximo dia 9; Lima, no Peru (no dia 12); Santiago do Chile (dia 14); Buenos Aires, na Argentina (nos dias 17 e 18); Rio de Janeiro e Sao Paulo (dias 23 e 24 de março).

Depois, sua turnê internacional passará por Suiça, República Tcheca, Hungria, Alemanha, Espanha, Itália, Bélgica, Suécia, Noruega, Dinamarca, França, Holanda, Reino Unido e Irlanda, para desembarcar finalmente em maio no EUA e continuar por lá suas apresentações.

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