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A empresária Paula Lavigne disse que a saída de Roberto Carlos do Procure Saber foi um "movimento natural de tudo que aconteceu". A afirmação foi feita nesta quarta-feira (6) em entrevista ao jornal "O Globo".

Lavigne ainda afirmou que os representantes de Roberto formaram um "time de intervenção". Insatisfeito com a maneira como a empresária havia conduzido o debate, o músico desautorizou Lavigne, que é presidente do Procure Saber, a falar pelo grupo.

Roberto se desligou ontem da entidade, composta também por Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Erasmo Carlos e Djavan. O grupo defendia a autorização prévia para a publicação de biografias. A norma é contestada por editores e autores.

"Vamos vivendo, um dia após o outro. Sem interventores ou administradores de crises, cuja entrada realmente gerou desconforto no grupo. Não precisamos de lobista em Brasília e muito menos de advogado criminalista. Não cometemos crime algum", afirmou Lavigne.

O advogado de Roberto Carlos é o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, 56.

Caetano já havia criticado a participação de Roberto Carlos e de Kakay nas ações do grupo, em sua coluna dominical no jornal "O Globo".

"Kakay é advogado de RC, não fala oficialmente pela associação. E RC só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei", escreveu.

Segundo Lavigne, a participação de Kakay foi uma imposição. "Quando foi imposta a entrada de Kakay, o tom mudou demais. O ponto de divergência (não de discórdia) foi apenas a forma de se trabalhar com as questões, inclusive publicamente", disse.

A empresária não respondeu se o grupo irá recuar quanto ao tema das biografias, pauta introduzida por Roberto Carlos.

"Podemos tudo, tudo o que os artistas quiserem e que beneficie a classe", afirmou Lavigne. "Estamos cansados, tivemos uma disputa interna, de empresários e advogados querendo falar por todos, e nem respiramos ainda."

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