“Sempre quis ter interação com a plateia em vez de apenas tocar”| Foto: Manuela Scarpa/Divulgação

Confira parte da entrevista concedida pelo violinista à Gazeta do Povo no último sábado.

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A temporada no Brasil começou pequena e se tornou muito grande. Isso te surpreendeu?

Não.

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Surpreendeu à produção...

Sim, à produção, mas não a mim.

Sempre teve esta habilidade para envolver o público? De onde vem isso?

Sim. É como eu sou. Eu sempre quis ter interação com a plateia em vez de apenas tocar as notas musicais.

Há um conceito geral para o seu trabalho? A forma como altera os arranjos originais, as harmonias, as melodias?

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Sim. Acho que o conceito geral é fazer música com meu coração, e fazer música o melhor possível, na acepção do compositor e na minha. Eu acho que quando estou no palco tenho de ter responsabilidade para trazer a música da melhor forma possível, porque estou lá e ninguém mais está. O compositor está morto e eu estou no palco para fazer sua música. Então, trago todo o meu estudo, de meus pais e de minha educação musical, e é isso que sou no palco. É como funciona.

Há sensos de humor bastante diferentes ao longo do show, desde o ingênuo e o politicamente incorreto até a gozação – como quando joga montes de neve artificial sobre a plateia. Qual deles tem mais a ver com você?

Eu gosto de "humor politicamente incorreto ingênuo". Isso sou eu. É o que você vê. Eu gosto disso. Jogar porcaria artificial nas pessoas.

Você diz que há um poder de cura na música, e que nada toca tão profundamente a alma quanto ela. Mas o tratamento cênico não interfere muito na percepção da música propriamente dita?

Não. Caso contrário, eu não diria que a música toca a alma. Eu acho que, para o público, o importante é assistir ao concerto ao vivo. Senão poderiam comprar o CD e ouvir em casa.

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Sobre "Ai Se Eu Te Pego", você...

Acho que é a melhor composição depois de a "Quinta de Beethoven".

Alguma mensagem para os fãs do Paraná?

Eu não tenho de mandá-los mensagens por meio de você, porque eles já estão interessados de qualquer jeito em vir ao concerto. Acho que vão gostar como todos os outros gostaram em todos os outros 24 países.

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