Hollywood voltou à boa forma no ano passado, quando "Piratas do Caribe - O baú da morte", campeão de vendas de ingressos do ano, ajudou as bilheterias a se recuperarem da queda vivida em 2005.
No momento em que os números finais eram contabilizados, a bilheteria total dos Estados Unidos no ano passado se aproximava de 9,46 bilhões de dólares, quase 5 por cento acima dos 8,99 bilhões contabilizados em 2005.
Com isso, 2006 tornou-se o quarto melhor ano da história em termos das bilheterias de cinema. O recorde é de 2004, com 9,54 bilhões de dólares, seguido por 2002, com 9,52 bilhões, e 2003, com 9,49 bilhões.
O número de ingressos vendidos deve totalizar cerca de 1,44 bilhão, quase 3 por cento mais que o 1,4 bilhão de ingressos vendidos em 2005. O recorde dos tempos modernos foi fixado em 2002, quando foram vendidos 1,64 bilhão de ingressos. Os preços dos ingressos eram mais altos nos anos 1940 e 1950, antes da chegada da televisão.
Com 423,3 milhões de dólares arrecadados nos EUA, "O baú da morte" superou em popularidade o primeiro filme da trilogia, "Piratas do Caribe - A maldição do Pérola Negra", de 2003, que vendeu 305,4 milhões de dólares em ingressos. A sequência também superou o filme de maior bilheteria de 2005, "Star Wars - Episódio 3: A vingança dos Sith" (380,3 milhões de dólares).
Mesmo antes do último "Piratas do Caribe" ter içado suas velas, no fim de semana de 7 de julho, a bilheteria do ano passado já começara a melhorar em relação ao ano anterior, quando alarmistas previam que o público estivesse abandonando os cinemas em massa.
A Buena Vista Pictures, que distribui os filmes da Walt Disney Company, foi responsável pelos dois filmes de maior bilheteria de 2006: "Baú da morte" e "Carros", da Pixar, o maior sucesso de animação num ano repleto de desenhos animados. "Carros" arrecadou 244,1 milhões de dólares nos EUA.
A Sony Pictures, líder em participação no mercado em 2006, dominou a lista dos Top 25 das bilheterias com sete títulos, liderados pelo thriller teológico "O Código Da Vinci" (217,5 milhões de dólares).
A 20th Century Fox seguiu com cinco filmes, incluindo "X-Men 3 - O confronto final", que, com 234,4 milhões de dólares, foi a terceira maior bilheteria do ano.
O ano teve espaço para originalidade e surpresas. Sacha Baron Cohen virou astro do cinema praticamente da noite para o dia com "Borat". Meryl Streep ajudou a comédia "O Diabo veste Prada" a sair do gueto do cinema apenas para mulheres, atraindo um público amplo. E, trocando os mafiosos de Nova York pelos da zona sul de Boston, Martin Scorsese teve um dos maiores sucessos comerciais de sua carreira com "Os infiltrados".
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