Em anúncio publicado em jornais de grande circulação de São Paulo nesta sexta-feira (5), a empresa Time for Fun, responsável pela próxima turnê de Madonna no Brasil, informou que os clientes que tiveram o valor do ingresso debitado no cartão de crédito - mas não tiveram e-mail de confirmação - terão garantido o primeiro pedido de compra registrado. Segundo o informe, os fãs receberão um contato da empresa em 15 dias úteis.

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A assessoria de imprensa da organização do show não estava disponível no começo desta manhã de sexta para dar mais detalhes sobre ressarcimento de quem teve múltiplos pedidos de compra registrados, além de outras informações.

O anúncio afirma que o motivo da pane no sistema no site www.ticketsforfun.com.br no início das vendas dos ingressos (dia 1º/9 no Rio e 3/9 em São Paulo) foi devido ao "número de hits simultâneos no site de vendas [que] provocou morosidade no sistema. Como efeito colateral, houve aumento do tempo de transação entre os diversos módulos do softaware de vendas causando atraso nas respostas e gerando informações múltiplas que o sistema não conseguiu interpretar".

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A Time for Fun, em seu comunicado através de inserção publicitária, se desculpou pelos transtronos causados nesta semana.

Desorganização nas vendas

Fãs de Madonna que optaram por comprar ingressos para os shows da cantora nos pontos de venda em São Paulo ficaram indignados com a desorganização registrada na quarta-feira (1º), primeiro dia de vendas na capital paulista.

A principal reclamação dos consumidores foi a ação de cambistas e de pessoas que furam a fila destinada a idosos, gestantes e mães com crianças de colo - tanto na bilheteria oficial, localizada no Credicard Hall, quanto no Estádio do Palmeiras e no Ginásio do Ibirapuera.

O bate-boca entre fãs tomou conta das proximidades da bilheteria do Estádio do Palmeiras. Revoltados com os consumidores da fila especial – para gestantes, idosos e portadores de deficiência - alguns fizeram coro ao redor de uma mãe que havia levado um bebê de colo para comprar entradas.

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"Fiquei três horas na fila comum, mas ela não andava", diz o estudante Douglas de Lima, de 23 anos. "Resolvi mudar para a fila especial. Estou guardando lugar para uma amiga que está grávida."

O relações públicas Fernando Mauro Neto, de 31 anos, chegou por volta das 4h no Ginásio do Ibirapuera e pouco antes das 16h ainda não tinha conseguido sequer se aproximar da bilheteria. Ele conta que era o número 520 na fila formada em frente ao local, onde os fãs haviam se organizado por numeração.

"Os cambistas já estão vendendo ingressos e os idosos não param de chegar. Eu poderia ter trazido a minha mãe, mas achei que seria falta de respeito", diz.

"Fui ao show da Madonna em 1993 e não me lembro de ter passado por uma situação desse tipo. Estou muito chateado."

A professora Juliana Caminada, de 34 anos, estava logo atrás de Fernando na fila. Ela relatou ao G1 problemas semelhantes.

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"Um cambista veio me oferecer um ingresso por R$ 1.200. E ainda me falou que quando eles se esgotarem, vão custar o dobro desse valor. Os policiais escutam a conversa, mas não fazem nada."

A estudante Luisa Di Domenico, 22, foi abordada por cambistas enquanto agurdava na fila no Credicard Hall, na Avenida das Nações Unidas.

"Estou indignada", diz. "Um deles me deu até um cartão com telefone, caso eu não consiga comprar um ingresso."

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