Depois de emplacar nos últimos seis anos espetáculos premiados como “Vida” e obter grande sucesso de crítica e público com peças como “Krun”, a Companhia Brasileira de Teatro evitou o caminho mais fácil.
Nos próximos dias 26 e 27 de setembro, (sábado e domingo), às 20h, o grupo apresenta pela primeira vez sua nova montagem, batizada de “Projeto Brasil”, em um ensaio aberto no Teatro José Maria Santos.
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Com formato e ideias não convencionais, o espetáculo, segundo o coautor Márcio Abreu, é melhor definido por exclusão. “Não é criação de uma peça, não há uma história linear, nem personagens”, avisa.
“Em cena, se pode ver uma sequência de ações, performances, imagens discurso e outros procedimento estéticos que podem gerar outros desdobramentos”, observa.
O projeto é resultado de uma pesquisa que o grupo realiza desde o ano passado com patrocínio de um edital da Petrobrás. Enquanto viajava as cinco regiões do país com as peças da companhia, a trupe deu um “mergulho cego” no Brasil através de ações programadas como oficinas, entrevistas, leituras de clássicos da história social do país ou da leitura regional de cada espaço visitado; e não programadas, como convivências com artistas e expressões populares; e pesquisas de campo, que foram desde se travestir de turistas em Belém ou tomar chás no Amazonas.
Parte do caudalosos resultado reverbera num espetáculo com muitas faces que “não fala sobre o Brasil, mas a partir do Brasil, refinado pelo olhar do outro e pelo nosso”, avalia a coautora Giovana Soar.
“Uma peça linear não faria justiça a tudo que vimos, e criamos. Há muita coisa difícil de dizer no Brasil de hoje, por isso os discursos são caóticos, interrompidos, sufocados”, disse.
Em um palco onde predominam tons de preto, com iluminação de Beto Bruel, o trabalho é criação coletiva de Abreu, Giovana e também de Nadja Naira, Rodrigo Bolzan, Fernando Marés, Felipe Storino, Marcia Rubin e Ticiana Passos.
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