Agenda do Abril de Shakespeare em 2016 terá leituras dramáticas, palestras e peça do grupo paulistano Parlapatões.| Foto: National Portrait Gallery/Creative Commons

Não será um minuto, mas um ano de silêncio a homenagem a Barbara Heliodora, morta no último dia 10 de abril.

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A crítica de teatro terá o nome lembrado ao lado daquele a quem dedicou a vida, William Shakespeare, dia 23 de abril de 2016, na maior edição já feita do Abril de Shakespeare. Será quando se completam os 400 anos da morte do bardo.

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Já neste ano, o evento emudece, até para juntar forças e voltar com o peso desejado.

Palavras, palavras

William Shakespeare morreu no dia 23 de abril de 1616. Ele escreveu as peças teatrais Hamlet, Rei Lear e Macbeth, entre várias outras. Sua obra fez o crítico Harold Bloom atribuir ao dramaturgo inglês ”a invenção do humano” (a expressão deu nome ao livro de Bloom sobre os textos de Shakeapeare).

O projeto é grandioso e está sendo inscrito na Lei Rouanet na categoria “artes integradas” pelas organizadoras, Regina e Lúcia Casillo, diretoras do Solar do Rosário em Curitiba.

Estão confirmadas palestras com as professoras e também organizadoras Liana Leão, Célia Arns de Miranda e Anna Stegh Camati, além de especialistas na obra do dramaturgo de universidades da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Na parte mais ilustrativa, as atrações também serão caprichadas.

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O objetivo, caso a captação de verba e as agendas dos artistas colaborem, é trazer Diogo Vilela, entre outros atores, para leituras dramáticas da obra de Shakespeare, e uma ou duas peças de fora da cidade. Entre as opções estão o chamado “Shakespeare dos Parlapatões” (cujo título é PPP@WllmShkspr.Br), em que o grupo paulistano reúne as 37 obras do bardo num mix de 90 minutos de humor, o Ricardo III monológico de Gustavo Gasparani, em que ele interpreta mais de 20 personagens, e Barbara Não Lhe Adora, que satiriza o próprio fazer teatral e homenageia a crítica carioca.

Maternal

A homenagem a Barbara deve contar ainda com a edição de um vídeo ou um material impresso.

Após lançar o livro Caminhos do Teatro Ocidental, há cerca de um ano, o Solar tem recebido o depoimentos de atores e atrizes que tiveram contato com um lado maternal de Barbara, conhecida pelas críticas ferrenhas sem meias-palavras daquilo que lhe desagradava.

“Em muitos casos, ela poupava atores iniciantes e nem escrevia sobre as peças de que não gostava”, diz Lúcia Casillo.