De 2004 a 2012, Hugh Laurie viveu um detetive médico, notável pelos botes de seu raciocínio lógico para diagnosticar pacientes na série “House”. Agora, o jogo virou: de investigador, ele será a presa em “The night manager”, série que estreia nesta segunda (22) no canal pago AMC, às 22h.
O ator interpreta o milionário Richard Roper, caçado pelo espião Jonathan Pine (Tom Hiddleston, o Loki de “Vingadores”) na história inspirada no romance “O infiltrado”.
O livro, publicado em 1993, foi escrito pelo mestre da espionagem John Le Carré – mesmo autor de “O jardineiro fiel” (2001) e “O espião que saiu do frio” (1963). O autor de 84 anos acompanhou de perto a adaptação do roteiro e, como um dos produtores executivos, visitou o set durante as gravações, conforme contou à Folha o produtor executivo Simon Cornwell.
Originalmente, o pano de fundo da trama é a Guerra do Golfo (1990-1991), em que Roper se vende ao mundo como um filantropo, mas na verdade é um traficante de armas bon vivant que abastece os exércitos de regimes ditatoriais no Oriente Médio.
TEVÊ
Estreia nesta segunda-feira (22) às 22h. Canal pago AMC.
Para atualizar a história, a equipe de roteiristas trocou a Guerra do Golfo pela Primavera Árabe, no Egito.
Na televisão, Pine é um ex-soldado que, deixando o Iraque, trabalha como gerente noturno de um hotel luxuoso no Cairo, propriedade de Roper. Ele acaba cruzando com a amante do ricaço no primeiro episódio, que lhe confia documentos sobre o envolvimento do vilão com a indústria ilegal de armamentos.
Eis que se arma a trama de espionagem: caberá a Pine desmascarar o bandido em meio a personagens de figurino impecável, entre viagens de jatinho particular regadas a espumante da Suíça ao Marrocos, passando pela Espanha.
Segundo o site ScreenDaily, o orçamento de cada episódio é da ordem de US$ 5 milhões (R$ 20 milhões) --o dobro de cada capítulo de “Mad Men”, também produzido nos EUA pelo AMC.
A imprensa estrangeira aguarda com alguma euforia “The night manager”: é a junção de um roteiro inspirado em um best-seller, dirigido por Susanne Bier (do oscarizado “Em um mundo melhor”) e com dois atores carismáticos brincando de gato e rato.
Para o produtor executivo, atraente também é a temática de espionagem, atual em tempos de vigilância de dados pelas gigantes da tecnologia e por parte dos governos.
“As histórias sobre espiões são mais relevantes hoje do que nunca. Penso nelas como uma metáfora sobre nossas vidas”, diz Simon Cornwell.
“Houve um grande avanço tecnológico, mas essas histórias continuam relevantes, envolventes, apesar do contexto”, comenta. Só que em “The night manager”, porém, a espionagem aparece à moda antiga – o oposto do drama hacker “Mr. Robot”, série sensação da última temporada.
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