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Monica Iozzi viverá a patricinha Scarlett em "Alto Astral" | Globo / Luciano Vicioni
Monica Iozzi viverá a patricinha Scarlett em "Alto Astral"| Foto: Globo / Luciano Vicioni

A ex-CQC Monica Iozzi está prestes a estrear como atriz na tevê. Ela dará vida a patricinha Scarlett na novela "Alto Astral", da Globo, uma personagem que entra em breve na trama. Monica já começou a gravar suas cenas e conta que o papel foi um convite de Jorge Fernando, diretor-geral do folhetim. A perua é uma mulher ambígua, que desembarca em Nova Alvorada para leitura de testamento de seu pai.

Só que a personagem terá uma grande surpresa, pois morava em Nova York, nos Estados Unidos, e vivia como uma mulher rica, mas terá de trabalhar em uma lanchonete por um ano para conseguir ter direito a sua parte da herança. Além de fazer rir com cenas bizarras na pele de uma dondoca que passa a lavar chão, Monica também vai mostrar seu lado sensual, o que jamais foi visto nos quatro anos em que ela foi repórter do "CQC", da Band. "O 'CQC' acabava me prendendo muito porque a gente tinha de estar sempre de terno, não podia usar nada extravagante, nem um batonzinho. Era tudo muito comportado", confidencia a humorista.

Monica fez faculdade de Artes Cênicas na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Deixou sua cidade, Ribeirão Preto, no interior paulista, para trabalhar com teatro em São Paulo, mas logo entrou para o "CQC". "Com a rotina que tínhamos não dava para fazer absolutamente mais nada. Foi quando pedi para sair", conta a atriz, que logo virou comentarista do "Big Brother Brasil" em janeiro deste ano e, em seguida, recebeu o convite para fazer a novela das sete.

Você já mostrou sua veia cômica no "CQC". Ter uma personagem engraçada na novela é mais fácil para você?

MONICA IOZZI - Acredito que sim. A novela tem viés cômico, mas a personagem especificamente não. Ela transita nesse universo, as situações são engraçadas, mas a Scarlett não é caricata. Como atriz é muito bom me experimentar, estou gostando.

A novela tem como tema o espiritismo. Sua personagem vai se envolver com essa abordagem?

MONICA - Adoraria ser envolvida porque sou supercética. Sou agnóstica, acredito em Deus, em uma energia, em uma força, mas não tenho nenhuma religião. Não tenho envolvimento nenhum com o espiritismo.

Como é trabalhar com o Jorge Fernando? Foi ele quem a convidou para integrar o elenco?

MONICA - Lembro-me que, quando o Jorginho me ligou para fazer o convite, achei que fosse trote. Eu falei: "de onde ele tirou essa ideia?" As pessoas não sabiam que eu era atriz, mas ele sabia e gostava muito do meu trabalho no "CQC". Trabalhar com ele é maravilhoso.

Você tinha um visual mais comportado e sempre usava o terninho preto dos CQCs. Agora o público a verá com roupas mais provocantes, certo?

MONICA - O "CQC" acabava me prendendo muito porque a gente tinha que estar sempre de terno, não podia usar nada extravagante, nem um batonzinho. Era tudo muito comportado. Até pelo ambiente que eu frequentava: o de políticos. As pessoas estranharam um pouco quando mudei, porque elas estavam acostumadas a me ver daquele jeito. Estou podendo explorar um pouco mais esse lado mulher, que é algo que ficou de lado nos últimos anos.

Em geral, as personagens patricinhas são detestadas pelo público por serem fúteis. Qual sua expectativa em relação a Scarlett?

MONICA - Mesmo quando a personagem é odiada, que eu ainda não sei se é o caso da Scarlett, é muito legal. O que posso dizer é que ela é extremamente humana. Às vezes, a gente divide os personagens entre os bonzinhos e os mauzinhos. Ela é ambígua. É uma menina rica, mas não é burra. Ela é gananciosa, mas isso também não a torna uma pessoa ruim. A personagem é uma pessoa que tem muitos defeitos, mas não é a malvada da história.

Qual o principal conflito da personagem?

MONICA - Ela é muito rica, mora em Nova York e o pai morre. Ela decide voltar para o Brasil porque o testamento será lido e acha que vai ficar mais rica ainda. Só que seu pai colocou uma cláusula no testamento, dizendo que Scarlett nunca deu valor ao dinheiro e, por isso, terá de trabalhar durante um ano para receber sua parte na herança. Ela vai trabalhar em uma lanchonete. É um personagem que tem uma curva dramática muito interessante. Não sei se as pessoas vão simpatizar com ela, mas devem se comover em algum momento.

Adiante alguns "perrengues" que ela vai passar?

MONICA - O que posso adiantar é que ela não é muito bem-humorada, principalmente porque vai ter de sair de Nova York para lavar chão.Como foi seu processo de preparação?

MONICA - Não é o meu universo, não sou patricinha mesmo, sou quase 'underground' eu acho... Fui ver coisas que não pertencem a minha vida. Fui ver tudo que a Paris Hilton faz na vida. Assisti a "Gossip Girl" (série americana), porque esse é um ambiente que não frequento, não domino. Para não ficar caricato demais, busquei um caminho para investigar. Fui a festas, que geralmente eu não iria. Não acho que você tem de viver o que a personagem viveu, mas, se é uma personagem que você não domina absolutamente nada do universo dela, tem de ao menos dar uma olhada para saber do que se trata.

Como você é nova no Projac (Central de Estúdios da Globo no Rio de Janeiro), conte como foi recebida pelos colegas de trabalho. Quem ficou mais próximo de você?

MONICA - Tive muita sorte. Primeiro, porque tenho amigos que conhecia bem antes da novela. No elenco, só tem gente boa mesmo, um bando de maluco. Nós temos um grupo no WhatsApp (aplicativo de celular) no qual mandamos fotos e combinamos de sair. Dou risada o dia inteiro com eles. É uma bagunça muito gostosa.

Agora que você vai usar roupas mais curtas e justas, você intensificou a malhação?

MONICA - Sempre fui muito magra, mas o terno do CQC aumentava a gente. Eu não faço nada! Eu como muito mal, por isso que não engordo. Não sou referência para ninguém mesmo. Sou magrela de ruim, de família, sou sedentária, mas pretendo mudar em algum momento.

Com essa mudança do "CQC" para uma novela, as pessoas te abordam de maneira diferente?

MONICA - Mudou a abordagem e é uma mudança bacana. É interessante porque percebi um carinho gigantesco. As pessoas me elogiam bastante e querem saber o que vou fazer. É bom sentir que elas estão torcendo por mim.

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