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Leopoldo Pacheco é Manuel, na novela "Alto Astral" | Globo/ João Miguel Junior
Leopoldo Pacheco é Manuel, na novela "Alto Astral"| Foto: Globo/ João Miguel Junior

Em "Alto Astral" (Globo), Manuel (Leopoldo Pacheco) e sua mulher, Argentina (Elizabeth Savalla), comandam uma família divertida e atípica em meio a uma crise financeira.

Na vida real, o ator veterano também possui um casamento duradouro com a produtora cultural Bel Gomes, com quem está há mais de 30 anos. "Não sei se tem algum segredo, mas a minha relação com a Bel é de parceria. Sempre superamos as dificuldades com humor", revela ele.

A novela das 19 horas da emissora carioca tem sido uma boa oportunidade para Leopoldo exercitar sua veia cômica. Apesar de ter interpretado personagens divertidos, como o atrapalhado Raul, de "Beleza Pura" (Globo), de 2008, a maioria de seus papéis, ao longo dos 15 anos de televisão, foram de homens sérios ou dados à vilania.

Seu mais recente trabalho foi como o banqueiro conservador Valter Passos, de "Joia Rara" (trama da Globo que ganhou, neste ano, o prêmio Emmy de melhor novela). "Estou me divertindo muito e espero poder continuar fazendo mais humor", diz.Em quem você se inspirou para compor o Manuel?

LEOPOLDO PACHECO - Inicialmente, utilizei algumas referências de filmes como "Clube da Lua" (longa argentino de 2006, com Ricardo Darín) e, especialmente, "Pequena Miss Sunshine" (produção americana de 2006, com Steve Carell). Depois, houve a conjuntura proposta pelo Daniel Ortiz (autor de "Alto Astral"), que coloca essa família em situações muito divertidas. Criamos um núcleo que se alimenta um do outro e, assim, vão se formando as figuras dessa família tão particular.

Ser pai na vida real também lhe ajuda a ser paizão em cena?

LEOPOLDO - Com certeza. Tenho uma família na vida real que também é divertida. Meu filho é parceiro e muito bem-humorado. Na novela, tomamos a defesa dos filhos de uma maneira muito passional, e nos orgulhamos de todos eles com a mesma intensidade.

Manuel vai conseguir se reerguer após a crise com a lanchonete?

LEOPOLDO - Não sei, mas é na dificuldade que tudo fica mais divertido, então acho que ainda teremos um bom período de crises, no melhor sentido, para essa família continuar dando pano para manga.

Tina esconde um segredo do Manuel. Acha possível isso em um casamento tão longevo?

LEOPOLDO - Já ouvi e conheci histórias incríveis de descobertas surpreendentes em casamentos muito felizes. Acho possível, sim.Por falar em casamento, você também tem uma relação longeva. Qual o segredo?

LEOPOLDO - Não sei se tem algum segredo, mas a minha relação com a Bel é de parceria. Nós nos orgulhamos de tudo o que fazemos, sempre superamos as dificuldades com humor e é com quem eu me sinto mais feliz. É quem me faz muita falta.

Como foi que você chegou à televisão?

LEOPOLDO - Pelo teatro. Estava em cartaz com "Pólvora e Poesia", de Alcides Nogueira, quando fui chamado para uma participação nos últimos dez capítulos da novela

"Roda da Vida", da Record, em 2001. Na mesma época, Alcides Nogueira e Maria Adelaide escreveram para "Um Só Coração" (minissérie de 2004, da Globo) um personagem imigrante libanês, Samir. Essa foi a primeira experiência inteira na televisão e da qual tenho muito orgulho e carinho.

Você estreou na televisão aos 42 anos. A idade ajudou?

LEOPOLDO - Sempre trabalhei muito, sobretudo no teatro, onde, além de ator, sou cenógrafo, figurinista, caracterizador e diretor. Já tinha uma carreira como artista, então isso tudo me ajudou a chegar na TV com segurança e conhecimento.

A maioria dos seus personagens na TV foram homens sérios. Gostaria de fazer mais humor?

LEOPOLDO - Fiz um personagem muito interessante em "Belíssima", de Silvio de Abreu, que era um homem extremamente bom, o Cemil. Estou agora nesse núcleo e acho que o Manuel é um personagem divertido, em uma família louca, em situações muito engraçadas. Queria muito ter essa experiência na TV. Estou me divertindo muito e espero poder continuar fazendo mais humor.Quais são seus planos para 2015?

LEOPOLDO - Terminar a novela e viajar. Adoro viajar. Depois, retomar meus projetos em teatro. A peça "Depois do Ensaio", de Ingmar Bergman, deve ter uma temporada em São Paulo no segundo semestre de 2015.

Tem algum sonho para o futuro relacionado à televisão que gostaria de realizar?

LEOPOLDO - Quero fazer seriado, é um jeito novo de trabalhar que quero experimentar. Acho as experiências estéticas do Luiz Fernando Carvalho incríveis e me identifico muito como artista. Tenho vontade de conhecer o trabalho dele.

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