No fim de “Titanic”, Leonardo DiCaprio afunda no Atlântico Norte e Kate Winslet sobrevive entre centenas de corpos congelados. Aos poucos, os mortos começam a acordar e DiCaprio emerge, em busca dos miolos de Kate.
Não é bem assim que o sucesso de James Cameron termina, mas é assim, com zumbis, que o estúdio Baja, construído no México especialmente para as cenas marítimas do drama de 1997, sobrevive nos dias de hoje.
O local serve de base para as filmagens de “Fear the Walking Dead”, cuja segunda temporada estreia neste domingo (10) nos Estados Unidos, tentando se livrar da lentidão do ano de estreia e jogando todos os protagonistas em um cenário inédito: o mar. No Brasil, a estreia será às 22 horas no AMC Brasil, canal disponibilizado apenas pela operadora Sky.
“Há elementos no mundo criado por Robert Kirkman que ainda não foram explorados, e, ao acrescentar esse novo cenário, damos mais riqueza à narrativa geral”, explica Dave Erickson, cocriador de “Fear the Walking Dead”, série derivada do universo “Walking Dead”, dos quadrinhos de Kirkman.
A nova temporada começa de onde a anterior parou, com as duas famílias em fuga de frente para o mar, em Los Angeles, encarando a morte da infectada Liza (Elizabeth Rodriguez), baleada pelo ex-marido, Travis (Cliff Curtis), antes de virar zumbi. O episódio serve de estopim dramático para os 15 novos episódios.
A mudança de cenário atinge o estilo de “Fear the Walking Dead”, agora com mais ação e participação de zumbis esquisitos - imagine os mortos-vivos tentando nadar ou comidos por pássaros.
“Agora que estabelecemos os personagens com calma, as coisas vão ficar mais aceleradas. Mas não se enganem: sempre vamos ter calma na hora de lidar com os protagonistas, porque são o coração do programa”, explica Kirkman. “De vez em quando, a série irá mais rápido. Outras, mais devagar. E espero que o público esteja sentado torcendo para que algumas pessoas não morram. Mas elas morrem.”
Por causa do aumento no número de episódios e do sucesso da primeira temporada (média de quase 7 milhões de espectadores), a série ganhou um aumento no orçamento.
“Foi uma experiência de aprendizado filmar nos estúdios Baja”, conta Erickson. “O desafio foi ajustar os efeitos especiais à água no tanque. Construímos o barco em seis semanas, e acho que vai ser perfeito para capturar o sentimento de ansiedade gerada pela série.”
Nos primeiros episódios, enquanto as famílias lidam com seus dilemas internos rumo a San Diego, onde, em tese, os militares estariam mantendo a segurança, situações aparecem no meio do caminho: uma ilhota habitada por um antropologista e sua família, um barco à deriva e um naufrágio estranho.
“Todos notarão que a ideia brilhante de ir para o mar não foi exclusividade dos nossos protagonistas e que a água não é mais segura que a terra firme”, diz o produtor Dave Alpert.
Robert Kirkman garante, ainda, que “Fear the Walking Dead” não se encontrará com a narrativa da série principal, atualmente em sua sexta temporada. Mesmo que o fim da história esteja longe.
“Apesar de saber como quero terminar a saga nos quadrinhos, não estamos nem perto do fim”, diz o criador. “Não tenho a intenção de terminar ‘The Walking Dead’ tão cedo. Temos, provavelmente, décadas de histórias pela frente.”
Veja o trailer da 2ª temporada:
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