Wagner Moura ganhou 20 quilos e estudou espanhol para trabalhar na série.| Foto: Raul Aragão/Divulgação

“Gosto de filmes de guerra, e prefiro aqueles em que os alemães falam alemão àqueles em que falam inglês. Isso dá autenticidade à história”, justifica o produtor Eric Newman, que diz não ter estranhado quando José Padilha sugeriu um brasileiro para viver Escobar.

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“Pablo é um sociopata, ele explode um avião comercial e diz ‘olha o que vocês me fizeram fazer’. Wagner foi capaz de humanizá-lo de uma maneira que você vai simpatizar com o personagem. É um ator espetacular. José quis trazê-lo, e a gente apenas disse ‘ligue para ele’. Wagner é brasileiro, mas não acredito que esta seja uma série para colombianos. Eles podem até ver e gostar, mas não tenho a intenção de contar a história para eles”, diz.

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Wagner, que evita contrapor Escobar ao Capitão Nascimento, dois lados de uma moeda similar, também diz não ter ficado surpreso com sua escalação.

“A princípio, a série seria falada em inglês, o que estava ótimo, já que eu falo com sotaque. Só que mudaram e eu precisei aprender um idioma novo. Morei os cinco primeiros meses de 2014 em Medellín e me matriculei na Universidade Bolivariana. O Zé (Padilha) estava tão decidido que nem avisou a Netflix; quando eles souberam, eu já estava lá”, conta o ator, que ganhou 20 quilos para o papel.

“O Escobar dividiu a história da Colômbia em duas. Por isso, estudei muito, tive tempo para pensar nesse personagem, me aproximar dele, até virar esse amálgama. Estou há dois anos envolvido intelectual e emocionalmente com esse projeto. Quando comecei a gravar, eu me sentia pronto”, conta o ator.