Um dos testamentos do tenor italiano Luciano Pavarotti, no qual deixa a metade de sua herança para sua viúva, Nicoletta Mantovani, e a outra a ser dividida entre suas quatro filhas, foi lido na terça-feira (11), segundo o jornal italiano "La Repubblica" informa neste domingo.

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O testamento aberto foi ditado pelo tenor em 13 de junho, mas existe um posterior, de 29 de julho, afirmou esta semana o tabelião Luciano Buonanno, que disse que não sabia se haveria mudanças em relação aos anteriores e que podia ter várias cartas "válidas e não incompatíveis entre elas".

O último testamento foi redigido quase duas semanas antes de Pavarotti ser internado em um hospital de Modena, do qual saiu 18 dias depois e foi para casa. O tenor morreu no dia 6 de setembro devido a um câncer no pâncreas.

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O documento de junho foi lido na terça-feira na presença dos representantes legais dos herdeiros: sua viúva e a filha de ambos, Alice, de quatro anos, e suas três filhas mais velhas, nascidas de um primeiro casamento, Lorenza, Cristina e Giuliana.

O tabelião Giorgio Cariani, responsável por abrir o documento, disse ao jornal que, como estabelece a lei, Pavarotti deixou 50% divididos em partes iguais para suas quatro filhas e 25% para sua viúva.

Os outros 25%, que o tenor podia decidir a quem destinar, também foram para Mantovani, fazendo com que sua viúva herdasse metade do patrimônio do cantor.

Os peritos ainda devem estabelecer o valor do patrimônio do tenor, apesar de o jornal afirmar que "existem dúvidas sobre a efetiva consistência de um império de 200 milhões de euros", já que "investimentos errados e outras operações fracassadas teriam representado um sério golpe à fortuna da família".

Pavarotti deixou também duas "doações" de 500 mil euros para dois colaboradores e, embora o tabelião não tenha os nomes, o jornal escreve que podem ser "seu fiel assistente Tino e a histórica secretária Veronica".

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Cariani falou também sobre a existência de um último testamento e considerou que deverá se tratar "de uma adequação, nada mais".

Buonanno, que foi o encarregado de preparar o documento ditado no final de julho, disse que apesar de não poder revelar nada de seu conteúdo, "pode-se imaginar que Pavarotti, com este último ato, queria proteger a filha mais nova".

O jornal considera que, nesse último testamento, Pavarotti "revisou suas vontades e vinculou os 25% restantes (que no testamento já aberto iriam para Mantovani) integralmente ou em parte para sua filha Alice".