Plínio Marcos começou a escrever para teatro no fim dos anos 50, quase por acaso. Ficou chocado com a história de um garoto estuprado na cadeia e que decidiu matar quatro de seus companheiros de cela. Disse ter escrito o texto em forma de diálogo porque era como sabia se expressar melhor, mas não imaginava que aquilo seria encenado. O texto, com o nome de Barrela, seria a primeira das 33 peças que escreveu para teatro daí por diante.
Entre suas peças, estão pelo menos dois clássicos do teatro nacional: Navalha na Carne (1967) e Dois Perdidos numa Noite Suja (1966). Falava principalmente sobre marginalizados. Segundo o crítico Décio de Almeida Prado, o dramaturgo foi o primeiro a levar para o palco o palavrão como forma de humilhar outro personagem. Tanto que Plínio enfrentou diversos problemas com a censura durante o regime militar, mas nunca se considerou um perseguido. Morreu em 1999, de falência múltipla dos órgãos.
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