As organizações humanitárias enfrentavam grandes dificuldades nesta segunda-feira (16) para ajudar os habitantes de Vanuatu após a passagem do ciclone Pam, o qual deixou um rastro de destruição. O presidente do arquipélago, Baldwin Lonsdale, fez um apelo à comunidade internacional para a reconstrução do país.
“As necessidades humanitárias são imediatas, precisamos agora”, disse Baldwin no Japão, onde participava em uma reunião da ONU sobre a prevenção de catástrofes naturais. “A longo prazo, necessitamos de apoio financeiro e ajuda para começar a reconstruir nossas infraestruturas. Temos que reconstruir tudo”, completou.
10 mil pessoas
estão desabrigadas somente na capital Port Vila, onde 90% das casas foram atingidas
“Depois de todo o desenvolvimento que alcançamos nos últimos dois anos, vem este ciclone e destrói toda a infraestrutura que o governo construiu. Precisamos de financiamento internacional para reconstruir todas as infraestruturas.”
Mais cedo, o presidente de Vanuatu havia declarado que as mudanças climáticas foram determinantes na devastação sofrida pelo país durante a passagem do ciclone Pam. “A mudança climática está contribuindo para o desastre em Vanuatu”, disse ele a uma emissora de televisão australiana.
O arquipélago de Vanuatu, no Pacífico Sul, foi devastado na sexta-feira (13) por um dos mais graves desastres naturais da história da região. Na capital, Port Vila, 90% das casas foram atingidas. Cerca de 10 mil pessoas estão desabrigadas somente em Port Vila, e relatórios não confirmados indicam que pelo menos 44 morreram nas ilhas do norte, um número que pode ser ainda mais elevado conforme avancem os trabalhos de busca.
A ajuda já começou a chegar à capital do país, mas funcionários de ONGs destacaram a falta de recursos para distribuir o material nas ilhas mais afastadas do arquipélago, um dos países mais pobres do mundo. Para alcançar cada localidade arrasada na sexta-feira pelo ciclone, que atingiu a categoria 5, a máxima, com rajadas de vento superiores a 320 km/h, serão necessários vários dias.
As necessidades de água potável, banheiros portáteis e pastilhas de purificação de água devem ser determinadas rapidamente, explicou o diretor da ONG Oxfam em Vanuatu, Colin Colette. As organizações temem uma propagação das doenças. “A primeira urgência era o ciclone. A segunda as doenças, caso a água potável e as condições de higiene continuem insuficientes”, completou Colette.
Para o diretor da organização Save the Children, Tom Skirrow, as condições são piores que nas Filipinas em novembro de 2013, quando o supertufão Haiyan arrasou o arquipélago e deixou 7.350 mortos e desaparecidos. “Estive lá após o Haiyan e posso dizer que a logística é muito mais complicada aqui”.
A Cruz Vermelha da China enviou nesta segunda-feira US$ 100 mil em ajuda humanitária a Vanuatu após o apelo feito pelo presidente do país. O governo chinês segue “de perto” a situação e se comprometeu a continuar ajudar o arquipélago do Pacífico Sul, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hong Lei.
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