O acúmulo de despesas no início do ano, como escola e tributos, fez com que os juros cobrados pelas instituições financeiras subissem em janeiro, apesar das sucessivas reduções da Selic - hoje em 13% ao ano. Esse é o argumento do Banco Central (BC), que vê no maior uso do cheque especial no período como o maior inimigo das taxas, por conta da sua maior participação no volume de crédito.

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No mês passado, os juros para pessoas físicas subiram 0,2 ponto percentual em relação a dezembro, chegando a 52,3% ao ano. No período, as taxas do cheque especial tiveram leve diminuição, 142% para 141,9% ao ano, mas o seu volume cresceu 13,2%.

- A captação de recursos nessa modalidade cresceu, e como tem os juros muito elevados, impactaram na média - explicou o chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, lembrando que o uso de crédito cresce no início do ano por conta dos fortes pagamentos do período.

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- Tudo isso faz com que as pessoas busquem mais crédito - concluiu Lopes.

Apesar do peso do cheque especial nos resultados de janeiro, outras modalidades também tiveram suas taxas elevadas, como o CDC para veículos, que passou de 32,3% para 32,7% anuais. Apesar do repique de janeiro, a tendência de queda de juros ainda se mantém, avalia Lopes.

Em fevereiro, até o último dia 12, as taxas médias para pessoas físicas recuavam 0,5 ponto percentual, sendo que especificamente no cheque especial, 0,6 ponto. Para as empresas, no entanto, janeiro foi mais positivo, com as taxas de juros mantendo-se em 26,2% ao ano.