Normas

Banco Central muda regra de compulsório

Das agências

Brasília - O Banco Central anunciou ontem novas mudanças nas normas que regulamentam a quantidade de dinheiro que os bancos têm que deixar depositado no órgão – o chamado depósito compulsório –, mas a liquidez do sistema financeiro não será alterada, ou seja, não haverá aumento da circulação de dinheiro na economia.

A partir de agora, as instituições financeiras poderão abater do compulsório a prazo apenas os ativos comprados de pequenos bancos, com patrimônio de até R$ 2,5 bilhões. Até então, isso poderia ser feito com papéis de bancos médios também, com patrimônio entre R$ 2,5 bilhões e R$ 7 bilhões.

Isso significa que, por enquanto, os concorrentes menores ainda sofrem com a falta de liquidez, oriunda da crise internacional. A ação, no entanto, vale apenas para as novas operações, ou seja, para novas compras de ativos. Para isso, também foi prorrogado o prazo de vigência da dedução do compulsório de 30 de setembro para 31 de março de 2010.

No fim do ano passado, no auge das turbulências, o BC anunciou várias medidas mexendo no compulsórios e que liberaram ao mercado cerca de R$ 100 bilhões. Entre elas, estimulou os grandes bancos a comprarem ativos de instituições menores, como carteiras de créditos, ao permitir que eles abatessem os valores dos compulsórios.

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São Paulo e Rio de Janeiro - Até o próximo dia 5, quem estiver interessado poderá fazer sua reserva para adquirir as ações que estão sendo ofertadas pelo Banco Santander. O investidor pessoa física pode reservar lotes que vão de R$ 3 mil a R$ 300 mil. O início das negociações dessas ações no pregão da bolsa está previsto para o próximo dia 7.

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A oferta pública primária de ações do Banco Santander, cujo período de reservas começou ontem, poderá chegar a R$ 15,625 bilhões e será a maior do mundo já feita neste ano. Em prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil e ao órgão similar na Espanha, onde fica a matriz, o banco informou que cada uma das 525 milhões de units (grupo que será composto por 55 ações ordinárias e 50 preferenciais) a serem ofertadas poderão custar entre R$ 22 e R$ 25.

Com isso, a capitalização do banco ficaria entre R$ 11 bilhões e R$ 13 bilhões, podendo ultrapassar R$ 15 bilhões se houver demanda para um lote suplementar e outro adicional.

A operação, considerada um IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês), já que o banco tem poucos papéis em circulação, superaria a da China State Construction Engineering Corp, em torno de US$ 7,56 bilhões (R$ 13,5 bilhões). A maior oferta de ações do ano na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi da Visanet, que movimentou R$ 8,4 bilhões na estreia, em junho deste ano.

Processo

Nesse período de reserva, o investidor deve procurar uma corretora ou o banco do qual é cliente para fazer a solicitação do montante de ações que deseja comprar. No site da Bovespa (www.bovespa.com.br) é possível ver a lista das corretoras aptas a operarem no mercado. Antes de as ações estrearem, o investidor saberá qual o volume de papéis que conseguiu.

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No caso de haver um volume maior de pedidos de reserva do que o montante disponível de ações, um rateio será feito. Quando isso ocorre, o investidor consegue comprar apenas uma parte do que solicitou.

Antes de comprar uma ação, os analistas aconselham que o investidor leia o prospecto da operação. O prospecto é o documento que traz todas as características do lançamento, seus riscos e custos.

Dividendos

Um dos trunfos do banco para tentar conquistar a adesão dos investidores será a política de distribuição de dividendos. Por lei, as companhias abertas têm de reservar um mínimo obrigatório de 25% de seu lucro para os dividendos destinados a seus acionistas. No prospecto, o banco afirma que os administradores pretendem recomendar à assembleia que eleve esse patamar para 50%.Mercado financeiro