A agência de risco de crédito Moody's divulgou nesta quinta-feira (25) suas expectativas para a economia da América Latina, prevendo que o Brasil, a maior economia da região, terá expansão de seu Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, saindo da recessão do primeiro trimestre. Para 2010, a previsão da Moody's é que o Brasil cresça 4,2%.

CARREGANDO :)

O documento afirma que, embora a região tenha sucumbido à recessão no primeiro trimestre, por conta dos problemas nos EUA e na Europa, a recuperação será rápida, começando antes do fim deste ano. "A recuperação será sustentada principalmente pela demanda doméstica, basicamente consumo e investimento, por conta da demanda externa ainda fraca", ressalta o comunicado.

Para a agência, economias importantes como Brasil, Chile e Peru já mostram recuperação neste segundo trimestre, depois da retração sofrida no primeiro trimestre. "Nos primeiros dois países, os gastos públicos incluíram uma mistura de programas sociais e de infra-estrutura, enquanto no Peru o estímulo esteve mais concentrado na construção."

Publicidade

Resultado da região

A economia latino-americana teve baixa de 3% entre janeiro e março, puxada pelo mau desempenho do México, que registrou retração de 8,2% no período. Para o fechamento do ano, a expectativa da agência é que a América Latina tenha contração de 1,8%. Mais uma vez, o México terá o pior resultado, com queda de 5,8% prevista para o PIB.

"A economia da região vai se contrair 1,8% neste ano, com quedas nos primeiros três trimestres. O crescimento voltará até o fim do ano. Em 2010, o crescimento será maior, mas continuará abaixo de seu potencial, atingindo 3,5%. A região vai apresentar um padrão mais sustentável de expansão depois de 2010", diz a nota.

Entre os sete países pesquisados pela Moody's, o Brasil terá o segundo melhor desempenho em 2009, atrás do Peru, que deverá ter expansão de 2,3%. Todas as demais nações pesquisadas terão retração neste ano, segundo a agência: Argentina (-0,8%), Chile (-1,5%), Colômbia (-1,2%), México (-5,8%) e Venezuela (-1,3%).

Veja também
  • Bernanke: plano dos EUA não elevará demais poder do Fed
  • Governo central tem déficit primário de R$ 120 mi em maio
  • Desemprego cai em maio, mas mostra efeitos da crise
Publicidade