Isolamento visual nas agências bancárias de Curitiba é obrigatório desde setembro de 2008| Foto: Arquivo - Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Multa aos bancos que não cumprirem a lei pode chegar a R$ 25,6 mil

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As agências bancárias de Curitiba que não se adequarem à lei que as obriga a instalarem biombos nos caixas físicos poderão perder o alvará de funcionamento. A lei 12.812/08 determina que esses equipamentos sejam colocados para impedir que as pessoas que estão nas filas possam visualizar as operações que estão sendo feitas nos caixas.

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Mas, algumas agências da capital estão descumprindo a lei. Fiscais da prefeitura e vereadores de Curitiba visitaram na tarde desta quinta-feira (4) nove agências bancárias da capital, na Avenida Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba, para saber se a lei estava sendo cumprida. O resultado da fiscalização foi que quatro foram multadas e apenas três estavam de acordo com o que determina lei. Além dessas, uma tinha biombos protegendo apenas a metade dos caixas e outra ainda não tinha sido notificada do problema.

As quatro agências multadas já tinham sido fiscalizadas pela prefeitura e pelos vereadores em uma operação feita em agosto de 2008. Como ainda não se adequaram à lei, foram autuados nesta quinta-feira.

A multa aplicada foi de R$ 200, e irá dobrar de valor até atingir o montante de R$ 25,6 mil (no oitavo dia). Os bancos devem informar à Secretária Municipal de Urbanismo quando fizeram as alterações. Se isso não acontecer, os fiscais da prefeitura retornarão às agências e poderão cassar o alvará de funcionamento desses estabelecimentos.

Os vereadores que participaram da fiscalização foram Paulo Frote (PSDB), autor da lei, Algaci Túlio (PMDB) e Serginho do Posto (PSDB).

Outras ações

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Outra iniciativa que ajudaria a coibir os crimes é a proibição do uso de celulares no interior das agências. De acordo com a Polícia Civil, os bandidos passam informações a comparsas pelo telefone, sobre a movimentação de clientes, segundo informações do telejornal ParanáTV. De acordo com o delegado Luiz Carlos Oliveira, na Paraíba, essas medidas de segurança ajudaram a reduzir em 70% os assaltos a usuários na saída das agências bancárias. "Todos nós deveríamos adotar essas medidas, inclusive a proibição do uso de bonés nas agências", disse o delegado.

Esses recursos poderiam ter ajudado a impedir a morte de Valmir Lara, assassinado neste ano, depois de ter sacado R$ 10 mil em um banco de Curitiba. O ParanáTv mostrou que ele estava sendo observado por suspeitos desde o momento em que retirava o dinheiro no guichê.

Novas imagens que estão sendo analisadas pela Polícia demonstram que o carro onde Valmir estava logo após deixar o banco foi seguido por um homem de motocicleta. Assim que a vítima estacionou o carro, o bandido parou atrás. Depois de uma suposta discussão, o homem disparou tiros e fugiu.

Há seis meses, José Niczay Sobrinho, dono de um restaurante em Curitiba, foi morto depois de sacar R$ 3 mil em uma agência. Apesar de as imagens de segurança dos bancos mostrarem que os suspeitos acompanharam toda a movimentação da vítima dentro do banco, até hoje ninguém foi preso. Em março de 2008, a pró-reitora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Martineli de Oliveira, foi assassinada quando chegava em casa, depois de ter sacado dinheiro em um banco.

O ParanáTV também mostrou o caso de o funcionário de uma empresa que escapou do assalto por sorte. As imagens das câmaras de segurança mostram o carro entrando na empresa, depois de o funcionário ter sacado R$ 14 mil no banco. Assim que o veículo entrou no prédio, dois homens que haviam seguido o veículo de moto seguram o portão eletrônico. Com uma arma nas mãos, um dos homens chegou a entrar na garagem, mas recuou ao perceber que havia outro portão, que já estava fechado.

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