Após a companhia aérea Gol divulgar lucro recorde de R$ 684,5 milhões em 2006, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) decidiu promover o segundo boicote à empresa em um mês. Em manifesto distribuído ontem aos associados e à imprensa, a entidade pede que as agências de viagem não comercializem passagens da Gol e dêem preferência para outras companhias. A ação vai durar hoje e amanhã e deve ser seguida em todo o Brasil.
No início do mês, a empresa diminuiu o porcentual da venda de passagens nacionais de 10% para 7% e, dos bilhetes internacionais, de 9% para 6%. De acordo com a Abav, este é um "protesto contra as políticas comercial e de marketing da companhia aérea, que desrespeita o consumidor final e a rede de distribuição formada pelas agências de viagens e turismo". A entidade informa que as agências devem oferecer vôos de outras companhias, mas sem prejudicar o cliente. Nos casos em que não houver outra opção, o bilhete da Gol deverá ser vendido normalmente.
De acordo com o presidente interino da Abav no Paraná, Celso Tesser, além de reduzir o porcentual das comissões, a Gol também desrespeita as consolidadoras de passagens, que funcionam como distribuidoras para a maioria das agências de viagem. "Cerca de 80% do movimento das agências está nas mãos dos consolidadores. Se eles retirarem os tradicionais 3% de comissão, as agências ficam com uma margem de apenas 4% para trabalhar, o que é inviável, porque elas não trabalham com grandes volumes", afirmou. A Abav-PR estuda a possibilidade de entrar na Justiça contra a Gol para a manutenção das tarifas antigas, caminho trilhado com sucesso pela entidade regional do Maranhão.
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