• Carregando...

O setor da economia responsável por grande parte das exportações brasileiras foi o que mais demitiu no ano passado. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura registrou queda de 3,1% no nível de emprego em 2006.

O levantamento mostrou que 569 mil postos de trabalho foram extintos na agricultura no ano passado em todo o país. A maior parte do fechamento das vagas ocorreu no Nordeste, onde 447 mil agricultores perderam o emprego. O total de trabalhadores do setor, de 17,2 milhões de pessoas, é menor até que o de 2004.

A agricultura manteve em 2006 o primeiro lugar entre as atividades que mais empregam. Mesmo assim, o fechamento de vagas no setor interferiu na participação do setor, que caiu de 20,5% em 2005 para 19,3% no ano passado. De acordo com a Pnad, a atividade foi a única a ter queda no nível de emprego.

Entre os setores especificados na pesquisa do IBGE, educação, saúde e serviços sociais, responsável por 357 mil novos postos de trabalhos em 2006, foi o que abriu mais vagas em números absolutos. Em segundo lugar, ficou o setor de comércio e reparação, com 245 mil novos empregos. Em termos proporcionais, no entanto, quem liderou a geração de empregos foram os servidores públicos concursados e militares, cujo total de contratações aumentou 7,4%, mais de três vezes a média geral da economia, de 2,4%.

O IBGE constatou ainda que algumas regiões experimentaram surtos em algumas atividades no ano passado. Apesar de responder pela maior parte das demissões na agricultura, o Nordeste registrou aumento de 10,2% no emprego na construção – o triplo da média nacional de crescimento de 3,5%. O Centro-Oeste foi a única região a apresentar aumento na participação no emprego industrial, que subiu de 10,6% para 11,2% de 2005 a 2006.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]