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Prazo

Alemanha apoia dar mais tempo à Espanha para déficit

O governo alemão mudou de posição nesta sexta-feira (1º) ao mostrar apoio à proposta da Comissão Europeia de dar mais tempo à Espanha para reduzir o déficit orçamentário, num sinal de que Berlim está preparada para ter uma abordagem mais flexível com os Estados da zona do euro em recessão. A Comissão Europeia pediu nesta semana que a Espanha receba um ano a mais para realizar os cortes exigidos, porque existe a previsão de que o país esteja em recessão neste ano e no próximo. "A Espanha apresentou um programa de estabilização, no qual apresentou uma intenção clara de atingir a meta de 3 por cento em 2013", disse o porta-voz do Ministério das Finanças alemão, Johannes Blankenheim, em entrevista quando questionado sobre a proposta da Comissão. "Nós apoiamos a Espanha em seus esforços para implementar as medidas necessárias. Mas nós também reconhecemos que, por causa dos desdobramentos econômicos negativos, será difícil para a Espanha atingir suas metas." Questionado se isso significava apoiar a Espanha dando mais tempo ao país, ele respondeu: "acho que é isso que eu estou dizendo." "A Espanha está fazendo suas obrigações no procedimento de déficit, portanto nós não vemos razão para aumentar esse procedimento", acrescentou Blankenheim. "O governo espanhol está se movendo de forma decisiva para implementar as reformas exigidas e o governo alemão está convencido de que essa determinação será refletida nos mercados." Madri quer reduzir seu déficit orçamentário para 3 por cento do PIB no ano que vem. Mas tendo percebido que o déficit de 2011 ficou bem acima do esperado, teria que cortar seis pontos percentuais do déficit em dois anos para chegar lá, um nível de corte que economistas dizem que sufocaria uma economia já em recessão. Os custos de empréstimos da Espanha saltaram por temores sobre o setor bancário do país, afetado pela inadimplência, e suas regiões altamente endividadas. Muitos especialistas agora preveem que o país precisará de um resgate ao estilho da Grécia, embora o governo insista que não.

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