Parlamentares da base do governo de Michel Temer lamentaram a quinta queda consecutiva do PIB (Produto Interno Bruto), apesar do resultado ter sido melhor que o previsto. Conforme divulgado na manhã desta quarta-feira (1.º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a medida da renda de bens e serviços produzidos no país, teve queda de 0,3% nos três primeiros meses de 2016 frente ao quarto trimestre do ano passado, somando R$ 1,47 trilhão. Os aliados do presidente interino avaliam que a a economia só vai se normalizar quando o processo de impeachment de Dilma Rousseff for concluído.
“Quanto mais rápido se completar o processo de impeachment, mais rápido se inverterá a curva de crescimento do PIB”, diz o presidente do DEM, senador José Agripino (RN). “A economia volta aos trilhos na hora em que a equipe econômica nomeada receber a chancelada da permanência pela aprovação definitiva do afastamento da presidente que fez o PIB do Brasil cair de mais de seis para menos de quatro.” O impeachment definitivo de Dilma tem de ser votado pelo Senado até novembro.
Com um raciocínio semelhante, o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), afirmou que a nova queda é um “desastre total” e faz parte do “legado trágico que o PT oferece”. “Precisamos lutar e trabalhar muito para que possamos trazer que volta a normalidade e a recondução do Brasil nos trilhos do crescimento da economia”.
Queda do PIB coloca Brasil na lanterna da economia internacional
Leia a matéria completaAvaliação de petista
O deputado petista Henrique Fontana (RS) também achou o resultado ruim, mas fez uma avaliação diferente dos congressistas da base do presidente interino, Michel Temer. “Os resultados negativos são consequência especialmente da crise política, fortemente estimulada pela oposição quando decidiu derrubar um governo democraticamente eleito, o que coloca o país num convulsionamento. Não se consegue votar nada, não se consegue avançar”, diz Fontana. “Agora os polos se inverteram. Eles é que estão temporariamente no governo e vão ter as mesmas dificuldades para votar matéria. O país se conflagrou, se dividiu.”
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