A inflação dos alimentos perdeu força no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de elevação de preços do grupo Alimentação desacelerou de 0,57% para 0,46% de fevereiro para março. De acordo com o instituto, o grupo contribuiu para a taxa menor de inflação do IPCA-15, que passou de 0,97% para 0,60% no mesmo período.
Apesar de o tomate ter ficado 16,57% mais caro em março, assim como a batata-inglesa (alta de 9,66%) e as frutas (aumento de 3 33%), uma parte expressiva dos produtos alimentícios mostrou queda de preço no período. O destaque ficou por conta dos preços das carnes, que caíram 2,33% em março e foram a principal contribuição para a redução no ritmo de inflação dos alimentos. Entre os alimentos que também mostraram queda de preços em março o IBGE destacou as variações negativas registradas em feijão carioca (baixa de 6,91%), açúcar refinado (queda de 2,55%), feijão preto (recuo de 2,48%), carne seca (queda de 2,23%), frango (baixa de 1,52%) e arroz (queda de 1,27%).
Classes
Das nove classes de despesa pesquisadas para cálculo do IPCA-15, cinco apresentaram decréscimos em sua taxa de variação de preços de fevereiro para março. Segundo o IBGE, houve taxas de inflação menos intensas ou até queda de preços em Alimentação e Bebidas (de 0,57% para 0,46%), Vestuário (de 0,13% para -0,37%), Despesas Pessoais (de 1,17% para 1,04%), Educação (de 5,88% para 1,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,52% para 0,35%).
Os outros grupos pesquisados apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços. É o caso de Habitação (de 0,28% para 0,39%), Artigos de Residência (de -0,13% para 0,26%), Comunicação (de 0,24% para 0,44%) e Transportes (de 1,04% para 1 11%). No caso de Transportes, o IBGE informou que a taxa de inflação mais elevada no período foi resultado da mudança de trajetória de preços em passagens aéreas, que mostraram queda de 11,45% em fevereiro e subiram 29,16% em março.
O instituto informou que a inflação mais intensa no grupo foi pressionada por uma alta mais forte nos preços de combustíveis (de 0,72% para 1,09%) de fevereiro para março. No período, a taxa de elevação no preço da gasolina acelerou de 0,51% para 0 76%. Já a de etanol subiu de 2,83% para 4,68%. Outro ponto destacado pelo instituto foi a aceleração nos preços das tarifas dos ônibus intermunicipais (de 1,28% para 1,94%), que também ajudou a elevar os preços do grupo Transportes em março.
Índice geral
Considerando o índice geral, o IPCA-15 de março, que registrou inflação de 0,60%, foi o menor desde setembro do ano passado, quando o indicador havia mostrado alta de preços de 0,31%. A informação aparece em tabela com a série histórica do indicador, divulgada pelo IBGE.
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