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Em três meses, a inflação do grupo Alimentação saiu de alta de 2,18% para 0,95%, mostra o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Nesta quinta-feira, 02, a instituição divulgou o indicador do fechamento do mês de abril, no qual a alta dos alimentos foi de 0,95%. No mesmo período de janeiro, a taxa de variação do grupo chegava a 2,18%. Em fevereiro e março, a inflação desta classe de despesa se manteve em 1,33% e 1,31%, respectivamente.

A expectativa da FGV no início de abril já era de arrefecimento nos preços de Alimentação, devolvendo a alta do início do ano. Da terceira quadrissemana do mês para a quarta, a taxa de hortaliças e legumes passou de 9,77% para 5,48%. No encerramento de janeiro, o item registrava variação de 20,02% ante a quadrissemana anterior.

A trajetória de desaceleração do grupo Alimentação contribuiu para a passagem do IPC-S como um todo de 1,01%, no fim de janeiro, para 0,52% em abril. Em fevereiro, a inflação medida pelo indicador havia ficado mais baixa (0,33%), fortemente influenciada pelo corte na tarifa de energia, mas em março voltou a subir (0,72%).

Da terceira quadrissemana do abril para a quarta, o grupo Alimentação desacelerou de uma taxa de 1,13% para o 0,95%. Acompanharam o movimento mais cinco grupos: Transportes (0,24% para 0,13%), Comunicação (-0,04% para -0,35%), Habitação (0,50% para 0,47%), Educação, Leitura e Recreação (-0,40% para -0,49%) e Despesas Diversas (0,24% para 0,23%).

O destaque para cada um dos grupos foi o comportamento de etanol (0,58% para 0,05%), tarifa de telefone residencial (-0,91% para -1,48%), tarifa de eletricidade residencial (0,14% para -0,29%), passagem aérea (-10,89% para -13,01%) e clínica veterinária (1 03% para 0,71%), respectivamente.

Do outro lado, Saúde e Cuidados Pessoais (0,79% para 1,26%) e Vestuário (0,56% para 0,82%) registraram acréscimo nas taxas de variação, pressionados por medicamentos em geral (1,43% para 2 68%) e roupas (0,78% para 1,00%).

Influências

Os itens que tiveram maior influência de baixa na quarta quadrissemana de abril foram passagem aérea (de -10,89% na terceira quadrissemana para -13,01%), tarifa de telefone residencial (-0,91% para -1,48%), frango inteiro (-2,93% para -3 76%), show musical (-3,59% para -2,53%) e massas preparadas e congeladas (-1,90% para -2,84%).

Já aqueles que exerceram maior pressão de alta foram refeições em bares e restaurantes (de 0,55% para 0,65%), batata-inglesa (17,94% para 13,89%), leite tipo longa vida (3,56% para 4,52%), vasodilatador para pressão arterial (1,62% para 2,99%) e aluguel residencial (de 0,54% para 0,54%).

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