A América Latina Logística informou ontem, em nota, que ainda não havia sido notificada da decisão da Justiça Federal. A concessionária justificou que mantém um equipe em Joaquim Távora, no Norte do estado, para fazer a manutenção da malha ferroviária. A ALL informou também que esta semana há uma equipe fazendo a manutenção e troca de dormentes nas vias férreas do Norte Pioneiro. A empresa nega o sucateamento do trecho administrado.
A concessionária contesta as informações da RFFSA sobre investimentos no setor. Segundo a diretoria da empresa, enquanto o governo federal investiu R$ 107 milhões na malha da Região Sul em 20 anos, os investimentos da ALL, em 9 anos de concessão, chegaram a R$ 1 bilhão. A este valor estariam somados a aquisição de locomotivas e vagões, e não somente a integridade da malha.
A concessionária afirma ainda que instalou, somente em 2005, 220 detectores de descarrilamento em pontos estratégicos da malha explorada e tem previsão de outros 200 para este ano. O número já chega, somente no Paraná, a 400 detectores. A ALL informou também que faz revisões regulares e utiliza equipamentos de ultra-som para detectar a confiabilidade dos trilhos e carros de controle para testar a geometria da linha. A concessionária sustenta também que conseguiu uma redução de 72% no índice de gravidade em acidentes ferroviários nos últimos três anos. (MM)