A GVT, única operadora de telefonia listada no Novo Mercado da Bovespa, registrou prejuízo líquido de 9,6 milhões de reais no terceiro trimestre do ano, ante um lucro de 41,2 milhões de reais no mesmo período de 2007.
A companhia explica, no balanço divulgado nesta terça-feira, que o resultado deve-se ao efeito da alta do dólar em seu endividamento, que no final de setembro era de 473,7 milhões de reais, da qual 74,8 por cento está em moeda estrangeira.
Amos Genish, presidente da operadora, ressaltou não acreditar que o dólar se sustente no atual patamar. "Ele não vai se sustentar assim e deve cair em poucos trimestres" para abaixo dos 2 reais, afirmou ele em entrevista à Reuters.
Ele também não se mostrou preocupado de que a crise nos mercados financeiros globais possa afetar a atividade ou reduzir a capacidade da empresa para investimentos.
"Temos caixa e não vemos nenhuma dificuldade para financiar nossas operações", afirmou.
No final do terceiro trimestre, o caixa da companhia era de 344,23 milhões de reais. A empresa negocia um financiamento junto ao BNDES de 500 milhões de reais, que espera obter ainda este ano.
Ele também afirmou não ter percebido "nenhum desaquecimento" na economia brasileira e nem, em especial, na atividade de telecomunicações do país.
Receita em alta
A receita líquida da operadora foi de 347,44 milhões de reais no trimestre, com alta de 34,1 por cento sobre igual período de 2007.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) foi de 131,97 milhões de reais, cifra 42 por cento superior ao de um ano antes e que garantiu uma margem Ebitda de 38 por cento - uma alta de 2,2 ponto percentual.
A adição de linhas foi de 203.483 durante o trimestre, com um salto de 166,4 por cento sobre o mesmo intervalo do ano passado. Desse total, 84,8 mil foram linhas fixas de voz, 50,3 mil foram acessos de banda larga e 69,2 mil foram linhas de dados corporativos. A GVT finalizou o trimestre com 1,74 milhão de linhas em serviço.
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