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Telecomunicações

Estudo mostra que mundo terá 4 bilhões de celulares até o fim do ano

O mudo chegará à marca dos 4 bilhões de celulares até o fim de 2008, segundos dados divulgados nesta quinta-feira pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que indicam que a explosão do número de usuários vem ocorrendo especialmente nos Brics (bloco econômico formados por Brasil, Rússia, Índia e China), onde já há um terço dos celulares no planeta.

Há apenas oito anos, o mundo contava com pouco mais de 500 milhões de celulares. A expansão, segundo os especialistas, marca uma verdadeira revolução no mundo. Hoje, o celular atinge 61% de participação no mercado, taxa superior a do telefone fixo em muitas capitais africanas.

Segundo o secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, o crescimento do setor foi de 24% em média por ano desde o início da atual década. "O fato de termos 4 bilhões de celulares no mundo comprova que, tecnicamente, é possível conectar o mundo e fazer chegar os benefícios da telecomunicação a muita gente", afirmou Touré.

A UIT admite que o número não significa que 4 bilhões de pessoas tenham celulares, já que pode haver mais de uma assinatura por consumidor. Mas, mesmo assim, reflete a explosão do setor.

Brics

Nos quatro grandes países emergentes, a taxa de celulares já chegará a 1,3 bilhão até o fim deste ano. Na prática, isso significa que um terço de todos os celulares do planeta estão no Brasil, na Rússia, na China e na Índia.

A liderança entre os emergentes é da China, com quase 700 milhões de celulares. Em julho, o país já superava a marca de 600 milhões e se tornou o maior mercado de celulares do mundo, superando os Estados Unidos. Por ano, 100 milhões de celulares na China foram colocados no mercado desde 2000.

O Brasil acompanha o crescimento, mas em números absolutos foi ultrapassado pela Índia e pela Rússia nos últimos anos. Entre 2000 e 2003, o País foi o segundo maior entre os emergentes em números absolutos. Mas desde 2004 tanto a Rússia como a Índia ultrapassaram o Brasil em assinaturas. Hoje, os indianos somam cerca de 300 milhões de celulares, contra pouco mais de 110 milhões no Brasil. Na Rússia, são cerca de 160 milhões.

Mas em termos de participação, o Brasil é um dos líderes. Segundo dados UIT, sete milhões de novos celulares são vendidos por mês na Índia. Mas a taxa de participação no mercado ainda é baixa diante do tamanho do país. Apenas 20% da população indiana ainda tem celular. No Brasil, essa taxa é superior a 50%

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