Entenda o IPCA

O IPCA é o índice oficial da inflação, utilizado pelo governo como meta para controlar a alta de preços. O centro da meta é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Ele é calculado pelo IBGE desde 1980 e mede a inflação das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos. A coleta dos dados envolve nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia.

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Curitiba e região metropolitana tiveram a segunda maior taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7). A alta de 1,15% no mês de novembro, quase o dobro da taxa nacional, de 0,60%, só fica atrás de Belém, com alta de 1,27%.

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O grande vilão, como já era de esperar, foi o item Combustíveis, com alta de 10,91%. Só a gasolina subiu em novembro 12,71% e o etanol, 5,73%. Para efeito de comparação, o item Combustíveis teve deflação - quando o valor diminiu - em seis das 11 capitais pesquisadas.

O grande aumento da gasolina e do etanol no mês de novembro, medido pelo IPCA, é reflexo direto da alta generalizada no preço dos combustíveis ocorrida antes do Feriado de Finados, no início de novembro. De um dia para o outro, o litro da gasolina subiu R$ 0,50 em alguns estabelecimentos, enquanto o biocombustível aumentou cerca de R$ 0,20 em questão de horas.

IPCA nacional

Com a alta de 0,60%, o IPCA nacional tem taxa acumulada em 2012 de 5,01%, bastante abaixo dos 5,97% registrados em igual período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a alta é de de 5,53%, acima dos 5,45% relativos aos doze meses imediatamente anteriores a outubro.

Os responsáveis pela alta da inflação nacional em novembro foram as passagens aéreas, que subiram em média 11,80%, e o preço da energia elétrica, que teve forte alta em Belém e no Rio de Janeiro.

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O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,79%, a maior do mês, mas o resultado ficou bastante abaixo do 1,36% registrado em outubro. Em seguida ficaram os grupos vestuário, com alta de 0,86% - ante 1,09% no mês passado - e habitação, que subiu 0,64% - contra 0,38%.

As despesas com habitação aumentaram de um mês para o outro, segundo o IBGE, devido principalmente à energia elétrica. O preço da conta de luz acelerou para 1,38% em novembro após ter registrado queda de 0,24% em outubro. A alta veio da variação de 6,01% no Rio de Janeiro e de 4,93% nas contas de Belém.

Transportes

O segmento de transportes teve valorização de 0,68%, bastante acima dos 0,24% no mês passado, influenciados principalmente pelo preço das passagens aéreas. Os bilhetes de avião custaram, em média, 11,80% a mais em novembro e se constituíram no principal impacto do mês para o índice: 0,06 ponto percentual ou 10% de toda a inflação de novembro.