A cesta de tarifas públicas em Curitiba, calculada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), apresentou alta de 0,66% em novembro. A variação é conseqüência da manutenção dos preços dos combustíveis em patamares altos. A gasolina teve aumento de 2,54% no mês, e o álcool, de 3,49%. O transporte coletivo também teve variação positiva, de 0,60%, ocasionada pelo aumento de dias úteis em relação ao mês anterior.

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De acordo com o economista do Dieese Sandro Silva, o aumento do preço dos combustíveis ocorreu em decorrência das margens praticadas pelos revendedores. "A margem em novembro chegou a R$ 0,36 por litro da gasolina, que é 16,5% superior ao praticado pelos distribuidores. Normalmente elas giram em torno de 10%, ou R$ 0,22", disse.

No caso do álcool, o movimento é semelhante: as margens de comercialização dos postos de gasolina passaram de R$ 0,14 para R$ 0,31, enquanto o preço do produto nas distribuidoras caiu 0,9%. "Acredito que, em função das festas de fim de ano, essas margens continuem as mesmas", disse Silva.

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Por causa da pressão dos combustíveis, a variação dos preços administrados foi mais alta do que a inflação no mês, de 0,63%, divulgada ontem pelo IBGE. O custo dos serviços públicos com preços administrados em Curitiba totalizou R$ 487,70. Nesse valor estão contabilizados os gastos com água, esgoto, combustível, comunicações, energia elétrica, táxi e transporte coletivo. De acordo com as projeções feitas pelo Dieese para dezembro, as tarifas públicas devem ficar estáveis, com deflação de 0,08%. Se confirmado esse porcentual, a cesta dos preços administrados fecha 2006 com alta de 0,52% em relação a 2005.