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Único mercado da AB InBev a apresentar expansão vigorosa nas vendas de cerveja no terceiro trimestre, o Brasil receberá investimento de 1,3 bilhão a 1,5 bilhão de reais em 2010 para aumento da capacidade de produção pela AmBev, unidade da maior cervejaria do mundo.

"Em ano de Copa do Mundo, temos praticamente um mês a mais de verão em pleno inverno. É um fator que ajuda a indústria como um todo", afirmou a jornalistas o vice-presidente financeiro da AmBev, Nelson Jamel, nesta quinta-feira.

O investimento da AmBev no país no ano que vem representa um aumento de 30 a 50 por cento ante o total anual nos últimos cinco anos, de 1 bilhão de reais.

Com isso, a capacidade de produção da empresa no Brasil será elevada entre 5 e 10 por cento, mesma faixa percentual do crescimento projetado para as vendas de cerveja no mercado interno, conforme Jamel.

A controladora da AmBev, a AB InBev, foi formada há cerca de um ano, com a compra da norte-americana Anheuser-Busch pela InBev. Por sua vez, a InBev foi formada anteriormente pela cervejaria brasileira e a belga Interbrew.

Lucro maior

A AmBev teve um lucro líquido no terceiro trimestre de 1,23 bilhão de reais, alta de 5,8 por cento contra um ano antes.

O volume de cerveja comercializado no Brasil no terceiro trimestre cresceu 12,2 por cento ante igual período do ano passado, para 18 milhões de hectolitros. No acumulado de janeiro a setembro, a expansão do volume foi de quase 9 por cento sobre o mesmo intervalo de 2008.

Segundo o vice-presidente da AmBev, o aumento da renda disponível e o ambiente econômico positivo, além de temperaturas favoráveis ao consumo de cerveja, contribuíram para o desempenho no mercado brasileiro. "Some-se a isso o crescimento de nosso market share", acrescentou.

A participação média de mercado da AmBev no segmento de cerveja no país no terceiro trimestre subiu para 69,4 por cento, aumento de 2,18 pontos sobre um ano antes.

O negócio de cerveja no Brasil representou metade ou mais da receita e da geração de caixa da AmBev nos três meses até setembro medida pelo Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação.

Exterior padece

Fora de seu mercado de origem, a AmBev enfrenta um cenário bem diferente. Os volumes de venda de cerveja nos demais países em que a companhia atua na América Latina caíram no terceiro trimestre na comparação anual, enquanto no Canadá houve modesta alta de 0,3 por cento.

"Quando olhamos Argentina, Canadá e alguns países na América do Sul, a indústria neste ano sofreu uma retração pela crise econômica... Nada que leve hoje a um cenário de fechamento de fabrica ou coisa do gênero. Para 2010, alguns desses países devem começar a ter alguma retomada", disse Jamel.

O Ebitda consolidado da AmBev foi de 2,37 bilhões de reais de julho a setembro, alta de 13,8 por cento. A margem Ebitda passou de 43,4 por cento há um ano para 43,8 por cento.

A receita líquida trimestral consolidada subiu 12,7 por cento, atingindo 5,41 bilhões de reais, enquanto o custo dos produtos vendidos teve alta em ritmo menor, de 9,4 por cento.

Ao divulgar seu resultado trimestral também nesta quinta-feira, a AB InBev destacou que o volume de vendas caiu em todas as regiões, com exceção do Brasil.

A Europa Oriental amargou quedas expressivas: os russos, por exemplo, beberam 20,4 por cento menos cerveja da companhia no terceiro trimestre.

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