A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer estimular a concorrência no transporte aéreo de cargas para forçar uma queda de tarifas nesse segmento. Para isso, no espaço de dois meses aumentou o volume de vôos de cargas em 69 freqüências semanais, por meio de acordos bilaterais com os Estados Unidos, Austrália, Emirados Árabes, Venezuela e Peru. Um dos objetivos é beneficiar o comércio exterior brasileiro feito por meio de avião.
A estratégia foi detalhada pelo diretor das superintendências de relações internacionais e de estudos, pesquisas e capacitação da Anac, Ronaldo Serôa da Motta. Segundo ele, as empresas aéreas nacionais de vôos regulares de passageiros também ganham pontos de conexão para destinos novos, como China, Caribe e Cuba.
"No acordo com a Venezuela, por exemplo, só as empresas brasileiras voam para lá. Aumentamos as freqüências de empresas da Venezuela para o Brasil e, em troca, as empresas de passageiros poderão usar o país como ponto de conexão para o Caribe", exemplifica o diretor. Segundo ele, uma companhia brasileira, cujo nome não foi revelado, tem interesse em usar a Venezuela como conexão para o Caribe e Cuba.
Só com os EUA foram 11 novas freqüências. A americana UPS já se prepara para operar mais uma freqüência semanal entre os EUA e o Brasil. Atualmente, são dois vôos por dia cinco vezes por semana. Segundo a presidente da companhia no Brasil, Nadir Moreno, a idéia é ter mais um vôo diário com a possibilidade de uma terceira aeronave da frota da UPS ser deslocada para o Brasil, já que hoje em dia a companhia usa dois aviões na operação brasileira.
Os acordos fechados pela Anac permitiram 21 novas freqüências com os Emirados Árabes. São nove imediatamente, mais nove até o ano que vem e três até 2010. Segundo Motta, uma empresa de cargas aéreas dos Emirados Árabes tem interesse em operar no Brasil, mas ele não divulgou o nome. Com a Austrália, são mais quatro freqüências por semana que também despertaram o interesse de uma companhia daquele país.
Os demais acordos negociados pela Anac foram firmados com a Venezuela, com quem o Brasil tinha nove freqüências de cargas, que passaram para 14. Com o Peru eram cinco vôos semanais, aos quais serão somados 21 até 2012. O diretor da Anac vai estar na África do Sul esta semana para tentar negociar acordos similares. A Inglaterra deverá ser o próximo país visitado. De acordo com ele, as conversações com a Rússia não progrediram.
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