Hackers brasileiros do grupo Anonymous deixaram o site do Banco do Brasil instável na manhã desta quarta-feira (1º). Em mensagem no Twitter, eles divulgaram que "o alvo foi atingido! @BancodoBrasil está a deriva".
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil afirmou que o acesso ao site do banco estava normalizado. Mas, a reportagem tentou entrar no site do BB por meio do Mozilla Firefox e do Internet Explorer -, por volta das 11 horas, e não obteve sucesso.
O BB esclareceu que não houve invasão ao site e que os dados dos clientes não foram acessados.
O grupo Anonymous tem utilizado de uma técnica de ataques de negação distribuída de serviço, o DDOS (um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service), que consiste em bombardear um servidor com pedidos de acesso para um site até que ele atinja o limite de sua capacidade e fique indisponível. Segundo especialistas em segurança da informação, este tipo de ataque não oferece grandes riscos à segurança de dados armazenados, mas deve ser acompanhado com atenção, pois eventualmente pode ser um disfarce para que os hackers tentem outras formas de invasão ao servidor alvo.
O BB seria o terceiro banco a sofrer ataques nesta semana. Na segunda-feira o mesmo ocorreu com o site do banco Itaú e na terça com o site do banco Bradesco.
Por nota, a assessoria de imprensa do Bradesco informou que o site recebeu um volume de acessos superior à média e que chegou a apresentar intermitência, mas que não teria saído do ar. O Bradesco mapeou e notou que alguns acessos eram sempre dos mesmos endereços na página principal do banco, alguns de não correntistas. O internet ban¬king do Bradesco chega a fazer 5 milhões de transações por dia, incluindo consultas a saldos e outras operações.
Cronograma
Por meio de suas contas no Twitter, os hackers dizem que a ação é um protesto contra a corrupção e será feita ao longo da semana com o intuito de deixar a cada dia um serviço de internet banking fora do ar por pelo menos 12 horas. Na segunda-feira, o alvo foi o Itaú, mas o site ficou fora do ar apenas por alguns minutos. Nesta quarta-feira seria a vez do Banco do Brasil. Na quinta, o alvo seria a Caixa e, na sexta, o Santander, segundo as redes sociais. O presidente do Santander, Marcial Portela, disse na manhã de ontem que o banco vem monitorando e reforçando seu site desde a semana passada, por causa das ameaças de ataques.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou, por meio de nota, que os ataques a sites dos bancos, se bem sucedidos, "atingiriam e prejudicariam a população que utiliza os serviços eletrônicos para obter informações e realizar transações bancárias". Ainda segundo a entidade, as instituições financeiras têm "mecanismos e contingências capazes de inibir eventuais ataques como os supostamente seriam tentados contra os bancos" e ainda ressaltou que a instituição "vem postulando com empenho a aprovação de lei específica que criminalize ataques e fraudes eletrônicas".
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