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Ao zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para evitar que o reajuste da gasolina e do diesel chegue ao consumidor, o governo não só abre mão de arrecadação fiscal, mas evita o aumento do preço dos combustíveis fosséis num momento em que o mundo tende a desestimular o consumo dessa fonte energética.

Executivos do setor disseram à reportagem que tal decisão é uma contradição neste momento em que outros países buscam alternativas como o etanol de segunda geração e o hidrogênio.

A opção brasileira é por não contaminar a inflação nem desagradar o consumidor em ano eleitoral, dizem executivos que preferem não se identificar.

Impacto

O Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicon) diz que o preço ao consumidor da gasolina e do diesel devem ficar inalterados a partir da próxima segunda-feira, quando o reajuste da Petrobras passará a vigorar.

"O preço da Petrobras vai incorporar o que o governo arrecadava com a Cide", afirma Alízio Vaz, presidente da entidade.Segundo o executivo, o "espírito da medida do governo é o de anular o aumento e zera a Cide pela primeira vez na história".

O tributo tinha um valor fixo de R$ 0,091 por litro da gasolina, valor correspondente ao percentual de 7,83% de reajuste concedido à estatal.Vaz ressalva, porém, que é preciso verificar se a estatal irá aplicar o mesmo aumento em todas as suas refinarias, que praticam preços ligeiramente diferentes. "Mas é algo muito pequeno, de um ou dois centavos."

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