Com onze anos de atuação, a Ciabrink Brinquedos, fábrica paranaense de brinquedos educativos e pedagógicos, está focada este ano em ganhar participação no segmento de presentes, que hoje representa 30% do total de vendas da companhia. Tradicionalmente, grande parte dos produtos produzidos pela empresa vinha em caixas de madeira, mas os empresários perceberam que os modelos enfrentavam resistência nas vendas em lojas de brinquedos.
“Os pais não viam os brinquedos em caixas de madeira como presente. Então decidimos investir mais nessa linha de embalagens cartonadas, voltadas especialmente para o varejo”, afirma Eliane Von Muhlen, diretora comercial e fundadora da Ciabrink. Apesar da mudança, por dentro os produtos continuam os mesmos: feitos com madeira, EVA, tecido ou espuma, sempre voltados para as crianças aprenderem brincando.
A maior fatia das vendas da empresa é voltada a papelarias e atacados que revendem os brinquedos para escolas. “Uma das grandes deficiências quando o brinquedo vai para a escola é que muitos professores não sabem como utilizá-lo. Então investimos também em incluir manuais pedagógicos nos novos brinquedos”, conta Eliane.
Portfólio
A Ciabrink conta com cerca de 700 produtos diferentes no seu catálogo, entre jogos de memória, fantoches, dominós, quebra-cabeças e outros tipos de brincadeiras.
No último mês, a empresa lançou 20 novos produtos durante uma feira em São Paulo, dos quais sete exclusivos, desenvolvidos por especialistas da casa. Tudo é produzido na unidade fabril localizada em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, que conta com 130 funcionários.
Hoje a fábrica de 4 mil m² está no limite de sua capacidade, com produção de cerca de 6 mil peças por dia. Por isso, a empresa investiu numa ampliação de 1.000 m², que deverá servir como espaço de estoque e logística dos produtos. “Nossa capacidade está reduzida pela falta de espaço. Estamos no limite. Mudamos para este barracão em maio do ano passado e em sete meses o espaço chegou no limite”, afirma Eliane.
Apesar do foco no aumento de capacidade produtiva, a empresária não espera crescer este ano por conta da crise. Como grande parte das vendas ainda vai para as escolas, a empresa sentiu a diminuição dos gastos do poder público. “Vínhamos num crescimento anual de vendas num ritmo de cerca de 30% nos anos anteriores. Esperamos que 2015 chegar ao mesmo faturamento do ano passado, sem crescimento”, diz.