Depois de escapar de ser banido de Berlim e de Hamburgo, na Alemanha, o serviço de caronas pagas Uber foi temporariamente proibido de operar em todo o território alemão.
A decisão de um tribunal de Frankfurt, divulgada nesta terça (2), institui o banimento do aplicativo até que uma audiência seja realizada e pode multar a startup americana em 250 mil euros (R$ 738 mil) por corrida, em caso de desobediência.
Segundo o tribunal, o Uber infringe a lei que rege o transporte de passageiros na Alemanha, pois seus motoristas não possuem licença e as caronas custam além do preço de operação da viagem o Uber fica com uma parcela do pagamento do passageiro.
O caso contra o Uber foi feito pela companhia alemã de veículos de aluguel Taxi Deutschland Servicegesellschaft. A empresa possui um aplicativo, similar ao do Uber, que conecta passageiros a motoristas de táxi registrados.
De acordo com o jornal alemão "Der Spiegel", o tribunal de Frankfurt acusa a startup americana de "concorrência desleal". Uma vez que não precisam pagar seguro e licenças, os motoristas podem cobrar preços menores que os dos taxistas.
Polêmicas
Presente hoje em 205 países e 45 países, o Uber chegou ao Brasil em julho e rapidamente se tornou alvo de críticas e polêmicas, especialmente de taxistas. Assim como praticamente em todos os outros países em que foi lançado.
Na capital paulista, o serviço foi considerado um meio de transporte ilegal. Segundo a Prefeitura, os carros do app são táxis clandestinos. Em defesa, o Uber afirma que é empresa de tecnologia e não de táxi , tendo como função conectar motoristas a passageiros.
Nos EUA, a startup está envolvida num embate pesado contra seu maior rival, o Lyft, que acusa o Uber de cancelar milhares de viagens para prejudicar seus motoristas. O Uber devolve as alegações.
No fim de agosto, o site "The Verge" divulgou e-mails vazados que mostravam um plano agressivo do Uber para recrutar motoristas dos concorrentes.
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