A grande procura por imóveis em Miami (EUA) nos últimos anos por parte de compradores estrangeiros, especialmente latino-americanos, caiu devido à redução da disponibilidade e à valorização do dólar, segundo a Miami Downtown Development Authority (DDA), agência municipal autônoma de desenvolvimento.
O relatório divulgado nesta quarta-feira pela DDA com base em levantamentos feitos entre janeiro e março pela Integra Realty Resources (IRR) destaca que a compra de casas unifamiliares por compradores estrangeiros diminuiu e que “os compradores americanos estão aproveitando agora estas oportunidades”.
“Não há dúvida de que é um bom momento para ser um comprador nacional de imóvel no centro urbano de Miami”, afirmou Anthony M. Graziano, diretor da IRR e autor do estudo, para explicar que o “fortalecimento do dólar” trouxe, entre outros fatores, a “redução de compras com dinheiro do investidor estrangeiro”.
Além disso, o ritmo de vendas caiu por conta, em grande parte, dos “projetos iniciados entre 2011 e 2014 terem sido vendidos e claramente o estoque de imóvel ter diminuído”.
Por outro lado, o preço de venda estabilizou em US$ 340 (cerca de R$ 1.060) o pé quadrado (0,09 metro quadrado) após um aumento de 16% e 22% em 2013 e 2014, respectivamente. Assim, o aumento “vertiginoso” do “valor dos espaços” nos dois últimos anos deu espaço a uma fase de “equilíbrio e pausa na construção”, destacou Graziano.
“Estamos exatamente no meio de um ciclo, o que, a partir de uma perspectiva de mercado, é uma boa posição”, avaliou Marc Sarnoff, presidente da junta da DDA em Miami.
Alyce Robertson, diretora-executiva da DDA de Miami afirmou que o “centro urbano continua atraindo a atenção internacional como centro global de comércio, arte, cultura e inovação”.
De acordo com a pesquisa Knight Frank 2015 Wealth Report Global Cities Survey, Nova York e Miami são as únicas duas cidades americanas entre as “dez melhores para investimentos globais”.
A inclusão de Miami, segundo o estudo, evidencia sua “transformação e o rápido crescimento como posto avançado para fazer negócios na América Latina e garantir sua posição como destino mundial para investidores”.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast