Depois dois dias seguidos de baixa, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passa por um pregão de recuperação nesta quarta-feira (21). Às 17h03, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subia 1,98%, aos 38.010 pontos.
Em Wall Street, a indicação também é de alta, com o bom humor do investidor apoiado nos resultados da IBM, que surpreendeu o mercado na quarta-feira à noite ao reportar crescimento de 12% no lucro trimestral e fazer uma previsão otimista para 2009. A companhia prevê lucro por ação de US$ 9,20 para o ano, contra estimativa de US$ 8,70.
Na Europa, no entanto, as principais bolsas operam em baixa, mesma direção do fechamento dos mercados asiáticos.
Na terça-feira, a Bovespa fechou em baixa de mais de 4%, colada ao desânimo do mercado internacional. No fechamento, o Ibovespa caiu 4,01%, para 37.272 pontos. Foi o menor patamar de fechamento do ano. O giro financeiro foi de R$ 2,866 bilhões.
Agenda
A agenda é pouco carregada, com destaque para os resultados trimestrais de Apple, BlackRock e eBay. Atenção também para a audiência de Timothy Geithner, indicado pelo presidente norte-americano Barack Obama para ocupar o Tesouro dos Estados Unidos. Ele será sabatinado pela comissão de finanças do Senado e tentará explicar por que precisa de mais dinheiro além dos US$ 700 bilhões já aprovados pelos congressistas para sanear o sistema financeiro. Geithner também deve explicações por não ter pago impostos enquanto trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI).
No mercado interno, o destaque é a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom). As apostas estão divididas entre corte de 0,75 ponto e 1 ponto percentual. Atualmente a Selic vale 13,75% ao ano. Qualquer que seja a opção do colegiado, a reação fica para a quinta-feira, pois a decisão só é comunicada após o encerramento dos mercados.
Os investidores também não deixam de acompanhar o setor financeiro, foco da recente rodada de instabilidade depois que grandes intuições anunciaram perdas bilionárias. Depois dos EUA e da Inglaterra, a França se viu obrigada a dar socorro aos bancos do país. O governo concordou em injetar cerca de US$ 14 bilhões no sistema financeiro, mas em troca pede que os executivos não recebam bônus.
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