Os serviços de emissão de carteira de trabalho e desbloqueio do seguro-desemprego voltaram a ser realizados em todo o Paraná na manhã desta terça-feira (15) com a volta dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, depois de 40 dias em greve . Em Curitiba, por volta das 5h30 cerca de 10 pessoas já formavam fila em frente ao prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) a espera de atendimento, segundo o sindicato dos servidores da categoria (Sindprevs).
A SRTE faz a distribuição de 80 senhas por dia. Elas começam a ser entregues às 7 horas e o atendimento ao público é feito a partir das 8 horas. De acordo com a SRTE, desde esta terça-feira o número de atendimentos aumentou. Serão 120 senhas por dia durante um mês, para normalizar o atendimento.
Ao longo do período de paralisação, nenhuma carteira de trabalho foi entregue no Paraná. Embora os pedidos pudessem ser protocolados em outros locais, como nas Ruas da Cidadania, em Curitiba, a retirada do documento ficou completamente paralisada, segundo Gilberto Félix da Silva Júnior, servidor do ministério e diretor do Sindprevs. Silva afirma, no entanto, que o processo de emissão da carteira de trabalho não ficará mais demorado por conta da paralisação e do acúmulo de documentos não entregues.
"A confecção das carteiras continuou funcionando durante a greve por funcionários que não pararam; apenas a entrega é que ficou acumulada", explica. Segundo ele, o prazo para a emissão do documento gira em torno de 40 dias contados a partir da data de pedido. Para quem já deu entrada no pedido há mais de 40 dias e não pôde retirar o documento, basta procurar a gerência regional do Ministério do Trabalho na cidade onde foi feito o pedido e apresentar o comprovante de protocolo.
A estimativa é de que 40 mil carteiras de trabalho deixaram de ser entregues no Paraná durante o período de greve. Só em Curitiba cerca de 2,5 mil documentos ficaram parados no prédio da superintendência.
Seguro-desemprego
O pedido e a liberação do seguro-desemprego foi mantido normalmente durante o período de greve nas Agências do Trabalhador em todo o Paraná. O desbloqueio do pedido, nos casos em que houve erros cadastrais, divergência de informações ou dados incompletos, entretanto, ficou paralisado, porque dependia dos servidores do Ministério do Trabalho.
Segundo o diretor do Sindprevs, o serviço também não deverá ser mais demorado do que o normal. "Os problemas foram para quem teve de esperar para pedir o desbloqueio. Como não houve acúmulo desse serviço, o tempo de espera será o mesmo, entre 150 a 180 dias".