A atividade industrial cresceu em julho, informou hoje (4) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) avançou 0,6 ponto percentual, registrando no mês 81% ante os 80,4% registrados em junho, na comparação dessazonalizada - ou seja, excluídos os dados temporais.
É o primeiro crescimento após quatro meses seguidos de retração no setor. As horas trabalhadas na produção industrial subiram 2,6% em comparação a junho e o faturamento real cresceu 1,2% no mesmo tipo de comparação.
Tanto o emprego no setor como a massa salarial registraram recuo idênticos de 0,2%. Já o rendimento médio real do trabalhador variou 0,1%.
Para a CNI, os indicadores foram afetados pela Copa do Mundo, com menor número de dias úteis, em junho na comparação com junho. A confederação avalia também que mesmo com o crescimento das horas trabalhadas, do faturamento e do uso do parque industrial, o quadro na indústria ainda é de desaquecimento. Isso porque o mercado de trabalho registrou a quinta queda consecutiva em julho - com emprego e massa salarial real em queda de 0,2%.
"O número de jogos foram maior em junho do que em julho. [No entanto] o efeito sazonal não pega a Copa do Mundo porque é um fator atípico. Só dá para eliminar dados padrões quando falamos em dados dessazonalizados ", disse Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI.
PIB
A CNI aumentou a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de 0,5% para 1,7%. A estimativa do PIB total brasileiro também foi reduzida este ano, de 1% para 0,5%. Para o gerente executivo da CNI, Flávio Castelo Branco, a revisão está em linha com o resultado das contas nacionais divulgado na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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