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Petróleo

Araucária se antecipa para fornecer mão-de-obra à Repar

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Assista à reportagem em vídeo (Foto: TV Globo)

Na parada geral de 2004 da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), de Araucária, 4 mil dos 5,5 mil trabalhadores contratados para os serviços de manutenção vieram de outros estados. Simplesmente não havia pessoas qualificadas na região. Desta vez, o quadro deve se inverter. Como a prioridade da Petrobrás é contratar mão-de-obra local, a empresa apressou-se em firmar convênios com a prefeitura, o Senai e o Sebrae para capacitar trabalhadores e empresas a fornecer produtos e serviços durante a ampliação da refinaria.

Os cursos que a nova sede do Senai começou a oferecer no início do ano – bancados também pelo município e pela petroleira – devem formar quatro mil profissionais até o fim de 2008. Além disso, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), prevê o treinamento de 9 mil pessoas nos próximos anos. Nos dois casos, os cursos são gratuitos, e o formado não tem obrigação de trabalhar nas obras da refinaria.

O Sebrae, por sua vez, criou o Programa da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás, com consultoria de 60 horas para que as empresas modernizem suas áreas de finanças, marketing, gestão, processos, segurança, meio ambiente e saúde. Em julho, 46 empresários começam a ser treinados, e a meta é chegar a 100 até dezembro.

Entre os nichos e atividades que podem ser beneficiados pelas obras, estão terraplenagem, equipamentos, tubulação, solda, estrutura metálica, montagem, mão-de-obra temporária, hospedagem, alimentação, salões de beleza, academias, táxis, locação de veículos, coleta de lixo, vigilância, limpeza industrial, laboratórios bioquímicos e farmácias. O consultor do Sebrae Pedro Rychuv Santos adianta que o estudo sobre a geração de empregos indiretos só fica pronto em junho. Uma estimativa conservadora indica que pelo menos 5 mil trabalhadores devem ser beneficiados. Fontes da Petrobrás, por sua vez, já falam em até 50 mil empregos indiretos.

O secretário de Trabalho de Araucária, Ronaldo Assis Martins, conta que os investimentos feitos pela prefeitura na formação de profissionais já estão dando resultado. Há dois anos, Araucária tinha 16 mil desempregados e era, proporcionalmente, o último dos 29 maiores municípios do Paraná no ranking da criação de empregos formais. Hoje é o segundo que mais abre vagas, atrás apenas de Curitiba. "Em dois anos, 7,9 mil pessoas foram qualificadas, a maioria desempregadas, e hoje 53% delas estão trabalhando", diz. No entanto, Martins admite que o desafio ainda é grande: o desemprego atinge pelo menos 10% dos 120 mil habitantes da cidade, segundo ele.

O secretário de Saúde, Josué Kersten, diz que a expectativa é de que a maioria dos contratados para as obras da Repar sejam de Araucária. "Se vier um contingente muito grande de operários e famílias de outras cidades, teremos dificuldades", alerta. Ivana Opis, secretária de Educação, conta que a rede de ensino ganhará nove salas de aula neste ano, já prevendo um aumento da demanda. "Também encaminhamos à Petrobrás um projeto de construir pelo menos uma escola para 450 alunos, e um centro de educação infantil com 200 vagas", diz.

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