A Argentina avalia tomar medidas econômicas para conter o impacto da crise financeira internacional em meio aos crescentes temores de uma queda da produção e do emprego, disseram neste domingo (12) jornais locais.
A Argentina vive seu sexto ano de forte crescimento econômico e o desemprego afeta 7,8 por cento da população, mas a crise internacional já levou a reduções de pessoal e a um freio no consumo da população.
A aposta da presidente Cristina Kirchner é um acordo social com empresários e sindicatos para evitar demissões, assim como medidas para favorecer a produção, com maiores barreiras a importações e uma moeda mais fraca.
Ela também vai buscar uma ação coordenada com o bloco comercial Mercosul, que a Argentina forma com o Brasil, Uruguai, Paraguai e a Venezuela (esta última em processo de adesão).
"O plano contempla um compromisso de manter postos de trabalho, o congelamento das reivindicações salariais e a garantia de manter um câmbio competitivo, entre 3,3 e 3,4 pesos por dólar", disse o jornal La Nación.
"A presidente prevê definir, de forma urgente, algum tipo de trava às importações provenientes da China", acrescentou o jornal.
O governo assegura que o país se encontra em boas condições para enfrentar a crise global, ao contar com um superávit comercial e fiscal e elevadas reservas internacionais no Banco Central, em torno dos 47 bilhões de dólares.
A incerteza global, entretanto, sobre o curso da crise levou a uma forte aversão ao risco em mercados emergentes, o que derrubou os títulos locais e elevou a demanda de dólares da população, que utiliza a moeda norte-americana como proteção.
- Argentina decide não pagar Clube de Paris com reservas
- Com promessa de ajuda a bancos, reunião da zona do euro termina em Paris
- Governo da Austrália garante depósitos por três anos
- Portugal dará garantia de até 20 bilhões de euros a bancos, diz ministro
- Nova Zelândia oferece garantia opcional para depósitos
- Europa inicia cúpula em busca de ações contra a crise econômica
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Com Lula, fim de ano tem picanha mais cara dos últimos 18 anos
Justiça ou vingança? Alexandre de Moraes é acusado de violar a lei; acompanhe o Entrelinhas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast