O governo da Argentina atribuiu nesta quarta-feira (22) a escalada do preço do dólar no mercado negro de câmbio a especulações e negou que haverá uma desvalorização do peso argentino.
“Estão buscando motivações para desvalorização, que não vai acontecer”, afirmou o chefe de Gabinete do governo argentino, Aníbal Fernández, durante seu contato diário com a imprensa.
O preço do denominado “dólar blue” aumentou 55 centavos de peso esta terça-feira (21), o maior salto registrado nos últimos tempos. A moeda argentina atingiu na terça seu valor mais alto este ano, de 15,10 pesos para cada US$ 1.
A alta é atribuída por analistas locais a uma maior demanda de divisas por causa da temporada de férias e dos argentinos que pretendem viajam para o exterior e a um clima de incerteza econômica que antecede as primárias, marcadas para 9 de agosto, que definirão os candidatos à eleição presidencial de outubro.
Cotação informal
O dólar informal no mercado argentino bateu seu recorde histórico em setembro de 2014, quando chegou a 15,95 pesos para US$ 1. No mercado formal de câmbio, a moeda americana fechou ontem cotada a 9,06 pesos para a compra e a 9,16 pesos para a venda.
“Qualquer das ações que quiserem fazer para modificar a situação econômica antes das eleições não vão acontecer. Não vamos ficar loucos a esta altura por este tipo de especulação que buscam interesses secundários”, disse Aníbal Fernández.
Ele afirmou que o mercado negro de câmbio é muito pequeno e está sendo “incentivando de fora”.
“O homem e a mulher comum devem saber que não vai haver nenhum tipo de desvalorização, que quem está jogando com este tipo de ação pretende provocar pânico, preocupação, coisa que não existe de nenhuma maneira”, reforçou.
O mercado informal de divisas floresceu na Argentina após crise cambial e a criação de restrições no final de 2011 à compra de dólares em bancos e casas de câmbio.
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