Apesar de toda a crise vivenciada pela Petrobras no ano passado, a companhia se manteve na 28ª posição na lista das 500 maiores empresas do mundo, divulgada nesta quarta-feira (22) pela revista norte-americana Fortune, com uma receita de US$ 143,657 bilhões em 2014.
Nas 61 edições da lista, a Petrobras apareceu em 21 anos. Outras seis companhias brasileiras estão no novo ranking, que é liderado por Walmart, Sinopec e Shell.
A segunda empresa brasileira mais bem colocada na lista é o Itaú, que subiu para o 112º lugar, da 138ª posição no ano passado. O Banco do Brasil está em 126º (de 125º no ano passado); seguido do Bradesco, em 185º (de 203º); JBS, em 202º (de 251º); Vale, em 312º (de 218º); e Ultrapar, em 414º (de 430º).
As 500 companhias na lista da Fortune geraram US$ 31,2 trilhões em receitas em 2014, empregando 65 milhões de pessoas em todo o mundo. No total, 36 países têm representantes na lista. Os Estados Unidos lideram, com 128 empresas, enquanto a China tem 106 representantes.
Petrobras
A revista lembra que a Petrobras é a companhia mais endividada do mundo e agora procura cortar custos, enquanto embarca em um plano para vender US$ 58 bilhões em ativos até 2018, para assim financiar o desenvolvimento dos “tentadores” projetos em águas profundas.
“A verdadeira história da Petrobras no ano passado foi o grande escândalo de corrupção envolvendo propina e cartel, que contribuiu para a baixa contábil de US$ 2 bilhões e levou à renúncia da presidente Maria das Graças Foster”, aponta a Fortune.
Entre os pontos fortes da Petrobras, a Fortune lembra que a petroleira é a maior empresa da América Latina, com operações em 24 países e quase US$ 300 bilhões em ativos. Além disso, mesmo com a queda nos preços internacionais do petróleo, as vendas subiram levemente em 2014. Já as fraquezas apontadas são a grande dívida e o escândalo de corrupção, cujas feridas “vão levar um longo tempo para sarar”.
Já no campo “oportunidades”, a revista cita as reservas no pré-sal e diz que o escândalo de corrupção pode acabar levando a uma menor interferência do governo na Petrobras, “que tem sofrido com burocracias e investimentos questionáveis”. Entre as “ameaças” identificadas estão a queda nos preços do petróleo e os processos judiciais abertos por acionistas após as descobertas da operação Lava Jato, da Polícia Federal.