A Argentina considera o Brasil um parceiro "decisivo" para enfrentar os efeitos negativos da crise econômica que afeta os Estados Unidos e a Europa, disse nesta segunda-feira (10) o vice-ministro de Economia argentino, Roberto Feletti.
Segundo ele, a Argentina "está em uma boa situação" econômica, mas se a crise internacional se agravar, a economia do país deverá se voltar ao mercado doméstico e ao comércio com o Brasil e outros países da região.
"As relações com o Brasil são decisivas para a Argentina no que se refere à indústria, exportações, mas também no campo político. Hoje, ninguém pode ter aspirações políticas se não buscar uma integração sul-americana e relações próximas com o Brasil", ressaltou Feletti, em declarações à rádio "La Red".
O Brasil importa da Argentina "cerca de US$ 20 bilhões por ano", apontou o funcionário, depois de destacar que os ministros de Economia da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) trabalham com mecanismos para proteger a região.
Se a crise se aguçar, a Argentina "terá de substituir as vendas no exterior por vendas internas, com demanda interna e com vendas no bloco regional", como o fez em 2009, indicou o vice-ministro de Economia.
"Por isso, convocamos todos os ministros de Economia da América do Sul no mês passado para analisar uma estratégia comum", acrescentou. "Estamos tranquilos. A Argentina tem pouca dívida, tem bom nível de reservas, tem superávit nas contas comerciais e não estamos expostos a um ataque financeiro - não há possibilidades disso".
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast