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A arrecadação de impostos e contribuições federais, e das demais receitas, somou R$ 63,41 bilhões em setembro deste ano, informou nesta terça-feira (19) a Secretaria da Receita Federal. O valor representa novo recorde histórico para este mês.

A arrecadação vem batendo recordes sucessivos desde outubro passado, na comparação com o mesmo mês do ano anterior - que é considerada mais apropriada por especialistas. Deste modo, setembro é o 12º mês seguido de recorde.

Na comparação com setembro de 2009, ainda segundo dados do Fisco, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de expressivos 17,68%.

Ao G1, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, assegurou que a arrecadação continuará batendo novos recordes nos três últimos meses de 2010. "Até o fim do ano, está garantido [o registro de recordes]", afirmou.

Crescimento econômico

Depois da queda registrada pela arrecadação em 2009, por conta da crise financeira internacional, a arrecadação vem crescendo neste ano impulsionada pelo forte ritmo de expansão da economia brasileira.

Economistas de bancos acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) terá elevação acima de 7,5% em 2010. Quando a economia cresce, aumenta a demanda por produtos e serviços, que têm impostos e contribuições embutidos em seus preços.

Além disso, em 2009, com a economia fraca, em consequência das turbulências externas, o governo arrecadou menos - o que também baixou a base de comparação. No ano passado, o governo optou por diminuir tributos para estimular o crescimento econômico, fator que também contribuiu para baixar a arrecadação em R$ 25 bilhões no período.

Acumulado do ano

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 573,6 bilhões de acordo com a Receita Federal, o que representa um crescimento real de 13,12% sobre igual período do ano passado. Com isso, a arrecadação também bateu recorde histórico para este período.

Sobre igual período de 2009, ainda segundo o Fisco, a arrecadação cresceu R$ 67,23 bilhões, em termos reais. Se os números não forem corrigidos pela inflação, o crescimento é bem mais alto: de R$ 90 bilhões. Ou seja, o aumento foi de R$ 10 bilhões por mês neste ano.Impacto nos impostos

Com o reaquecimento da economia neste ano, e com o fim dos tributos reduzidos que vigoraram durante a fase mais aguda da crise financeira, a arrecadação voltou a ganhar fôlego.

Com o IPI de Automóveis, por exemplo, governo arrecadou 200% a mais de janeiro a setembro deste ano, contra igual período do ano passado. O imposto havia sido reduzido em 2009 para estimular a economia. Também subiu a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), que avançou 7,3% nos nove primeiros meses deste ano. No caso do IRPJ, cobrado das empresas, o aumento foi de 3,36%

Com a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), houve o crescimento real de 16,44% de janeiro a setembro deste ano e, no caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota para estrangeiros subiu 2% em outubro do ano passado, e avançou mais neste ano, o aumento foi de 35% nos nove primeiros meses de 2010.

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