Boatos, fofocas e polêmicas. Estes são alguns problemas enfrentados pelas empresas e que podem prejudicar muito a produtividade dos colaboradores e também da imagem e reputação das empresas. No artigo de hoje, trarei dois exemplos de boatos, um de origem externa e outro de origem interna, e a problemática que qualquer um deles pode trazer à uma organização.
Boatos podem surgir de diferentes maneiras, por uma fofoca, por uma inverdade, ou simplesmente pela falta de comunicação. Esse primeiro caso que contarei à vocês, proveio de uma inverdade divulgada por uma pesquisa e, mais tarde, resultou em sérios problemas para a empresa envolvida. A empresa em questão era uma indústria de produtos lácteos. Ela teve seu nome divulgado como uma das empresas que acrescentavam substâncias tóxicas ao leite e distribuíam aos consumidores. As consequências foram arrasadoras à marca, que viu suas vendas decrescerem vertiginosamente.
Porém, após muitos estudos e investigações, a empresa conseguiu provar sua inocência e desvincular seu nome legalmente das acusações. Apesar de disso, o estrago na marca infelizmente já estava feito. Sua imagem já havia sido deturpada e, mesmo com esclarecimentos posteriores da mídia e divulgações em seus pontos de venda, os danos à imagem da empresa e a queda nas vendas foram inevitáveis.
Como vimos, o boato surgiu externamente e de maneira inesperada. Após um caso como esse, que acabou se tornando uma crise, como a empresa pode agir para contornar os fatos e superar esse momento? Nestas horas, é preciso implementar com rapidez um programa de relacionamento com todos os seus públicos estratégicos: organizar coletivas de imprensa, mostrando proatividade e transparência frente aos questionamentos, ser claro nas informações com os funcionários, ter um setor de Recursos Humanos e SAC bem estruturado, pronto e bem informado para dar suporte, além de sempre estar preocupado com a ética e a veracidade das informações. Desse modo, a empresa pode não sentir um impacto tão forte e poderá sobreviver à este momento, podendo até seguir mais forte.
Como um segundo exemplo, trago um caso muito comentado na semana que passou. Houve um certo rumor que tomou conta de Brasília, de que um dos ministros do Supremo Tribunal Federal poderia renunciar ao cargo, sendo que ele nem estava no Brasil para ter proferido tal afirmação. Nesse caso, não houve nenhuma repercussão negativa, ou efeitos mais graves. Entretanto, não se sabe a origem de tal boato, o que é muito comum quando casos como esse vêm à tona. Acredito que uma pessoa que se promove por meio de inverdades ou fofocas comumente quer atenção e se concentra nos malefícios que poderá agregar a terceiros.
Quanto ao conteúdo, é perceptível uma linha tênue entre um simples comentário e uma fofoca, tudo dependerá da interpretação e da intenção de ambas as partes, emissor e receptor.
Ao longo da história, podemos perceber que os fofoqueiros sempre estiveram presentes em qualquer empresa, independentemente de seu porte, segmento ou atuação. Hoje, com o aumento da exigência de uma postura profissional, e o uso da comunicação como uma ferramenta estratégica para o extermínio desses comportamentos dentro das empresas, esse perfil vem diminuindo, mas ainda existe. Por esse motivo, muito cuidado com o que ouve e, mais ainda com o que reproduz.
Na coluna Talento em Pauta desta terça-feira falarei mais sobre como evitar o envolvimento com fofocas no ambiente organizacional, e como deixar esse tipo de comportamento distante de nosso perfil profissional. Até lá!
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