O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou hoje que a Ásia precisa estar preparada a riscos que causam desaceleração da economia global, mas descartou a possibilidade de uma recessão de duplo mergulho. Ele também apontou a necessidade de gerenciamento dos fluxos de entrada de capital na região.
Segundo Strauss-Kahn, as autoridades financeiras "precisam continuar atentas a impactos negativos". As declarações foram feitas durante a conferência Ásia 21, em Daejeon, Coreia do Sul. "Não acredito que haverá outro mergulho. Nosso ponto de partida é de que haverá recuperação".
Na visão de Strauss-Kahn, a Ásia está liderando a recuperação global, mas as autoridades financeiras da região precisam encontrar caminhos para gerenciar a aguda recuperação nos fluxos de entrada de capital, assim como os riscos relacionados ao superaquecimento econômico, bolhas de créditos e bolhas de ativos. Com taxas de crescimento mais baixas na Europa e nos Estados Unidos - que podem continuar por um período mais extenso -, a Ásia precisa fazer do aumento de seu investimento doméstico e do consumo objetivos políticos de longo prazo, disse Strauss-Kahn.
A crise de dívida soberana da Europa não deveria ameaçar o crescimento da Ásia, mas a região ainda tem muito a aprender com os problemas europeus, segundo ele. "Conforme o peso da economia da Ásia continua a aumentar, sua parcela no desempenho econômico de outros países também sobe".
Strauss-Kahn afirmou que o dólar mostrou "muita resiliência" durante a crise, surpreendendo os participantes do mercado, que esperavam problemas para a moeda. Moedas fortes como o iene e o euro têm um papel a cumprir, mas o dólar continua a ser a moeda mais importante do mundo, apontou.
Antes da fala de Strauss-Kahn, o Ministro de Finanças da Coreia do Sul, Yoon Jeung-Hyun, defendeu que o FMI poderia ajudar a assegurar a estabilidade financeira global desenvolvendo um plano realista e detalhado para o tratamento da volatilidade que está surgindo com os rápidos fluxos de capital internacional. Medidas do tipo estão previstas pelo grupo das 20 nações mais desenvolvidas (G20), que serão definidas no próximo encontro em Seoul, em novembro.
Yoon também afirmou que o FMI deveria refletir sobre a importância crescente da Ásia para a economia global e acelerar os esforços para elevar a cota de direitos de voto da região. Strauss-Kahn respondeu que tal análise está em andamento e que a participação da Ásia nos direitos de voto deve aumentar.
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