O forte aquecimento da demanda interna revelado nos dados do Produto Interno bruto (PIB) do segundo trimestre reforçou a decisão do Banco Central de subir a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual. Esse raciocínio vai aparecer na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada na próxima quinta-feira (18).

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Nos últimos documentos, o BC já alertava para o descompasso entre oferta e demanda, que poderia causar alta na inflação. Essa percepção ficou mais evidente a partir da leitura dos dados atualizados do PIB, que evidenciaram uma alta de 8,6% na demanda interna - pelo critério de absorção doméstica, que inclui consumo das famílias e do governo, investimentos e estoques -, enquanto a oferta teve expansão de 6%.

Some-se a isso a visão do BC de que, no ritmo dos últimos trimestres, a economia brasileira estaria avançando significativamente acima de seu potencial, estimado em média pelos analistas entre 4,5% e 5%. Por isso, o banco considera imperiosa a correção desse foco de risco inflacionário. "Deve ser visão unânime no BC de que não há alívio no descompasso entre oferta e demanda. O dado do PIB só reforçou o diagnóstico de que está operando acima do potencial", disse a economista-chefe do banco ING, Zeina Latif.

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